Retidão
Autor: DiCello Poeta on Thursday, 9 August 2018Existe tempo para tudo
Existe tempo para tudo
por favor meu amor venha até aqui
e deita-te comigo...
livra o teu ser das vestes
Aquietei-me
silenciando os pensamentos
emudecendo as sensações
...ela é a minha perdição
minhas mãos passeiam... viajam
desvendando as linhas... as curvas
Tempos de solidão
O tempo passa devagar e eu espero por ti, os meus braços correm para o mar e abraçam a solidão.
O mar imenso dilui-se na noite e a minha esperança fica envolta num silêncio sem fim.
A água do nosso rio corre devagar acompanhado as horas infinitas do meu pensar enquanto te vejo caminhar ao longe sem nunca chegares.
A minha solidão voa por cima do mar, cai com a chuva, caminha por prados e campos, vagueia pelo céu e recolhe-se de noite no meu velho quarto.
o poder deste momento
esse instante absoluto e supremo
é alí que os pensamentos
Como descrever este momento
quando estou bem no alto duma montanha
e assim, ali, naquele instante tocando
Ó DA BARCA!
Numa das mais quentes tardes de Verão, percorro estradas serpenteadas entre pequenas montanhas, com aldeias escondidas na Mãe Natureza, e chego à Capital do Xisto – Janeiro de Cima (Fundão).
Todos os primeiros domingos de Agosto misturam-se vozes portuguesas, francesas, espanholas e até brasileiras. De manhã reúnem-se na Praia Fluvial e fazem uma Caminhada junto às margens do Rio Zêzere, veredas que antigamente os mais velhos seguiam para chegar à sede do Concelho do Fundão ou se deslocarem para as Minas da Panasqueira.