Válvula de escape

Mundo, deixa eu ser o último Ultraman
acabar com os monstros criados
em laboratórios particulares
ou em poderosas usinas nucleares

Mundo, não me deixe olhar a vida apenas da varanda
quero lembrar também o palhaço de sorrir
alegrar a cor de cinzas sem alma
amenizar a dor de circos em chamas
onde o que vale é quem tem dinheiro em pastos alheios

Mundo, que o meu circo seja como o sol
de alegria internacional
mas charme menos drama

Irrepetível

 

 

 

"O salto mortal é mais difícil sem rede"
RITUAL TEJO. "Salto Mortal". Histórias De Amor E Mar. Farol. 1996. CD

Que extado o dasein (1) de Heidegger, sem gluma,
No "Hitopadesa" (2) o kérygma, o galerno
Tão axial como rorífluo e, se ab aeterno,
Um devir (3) -  "Panchatantra" (2). A Rigel pruma,

Latendo o rutherfórdio estelar. Uma
Oitava (4) sinestésica, no duerno
Do jusnaturalismo, aduz o verno
Fragmento (5). E "o tempo do evo" (6). Que, asido o huma (7),

Roteiro

Meu erro é ser valente demais.

Querer ser o herói do mundo.

Busco por equilíbrio.

Mas vivo em delírio profundo.

 

Minha mente é um turbilhão,

Penso além de mim.

Me vejo o protagonista,

Mas... sou apenas o figurante

 

Desse roteiro que se chama vida.

Mas não menos importante.

Do Paraiso ao universo humano

Meu mundo humano ,
um pantaleão em partes diminutas
este mar, por que tão raso ?
as vezes manso
oceano de profundezas claras , que contra o mal reluta

De repente, caminhos rentes
de paz alterada
como veio falar tal serpente
e trazer mel sem gosto
a sociedade formada

Minha dúvida tão atrevida
se errou com tamanho defeito
o que será dos tolos mortais
as sementes deste perfeito ?

Parte 2

Diga
se é pra ficarmos calados observando
espaço e tempo
Podemos ficar fingindo o amor ou se entregar
num estado louco e proibido .
Parado numa estação do metrô
São Paulo nos quer assim
Sabemos que tudo que procuramos numa noite fria
vodka e ervas
Sabemos que amanha
sera outra manhã de lembranças
só lembranças...

Ozzy

Chegaste

Pela mão dela

Ficaste

Pequena, amarela

 

Eras quem mais falava

Numa uma pequena casa

Guardavas quem te mimava

Debaixo da tua asa

 

Não te vi a partir

Mas senti a tua ausência

Custou-nos dormir

Num lar em dormência

 

No fim de um dia vasto

Abrias as asas para nós

Dormias no ombro encostada

E o ranger de um bico gasto

De uma velha ave cansada

Era a tua única voz

 

Agora descansas de vez

Nas traseiras deste lar

Da Impaciência

 

 

 

"Só o fogo consola"
RITUAL TEJO. "Só o Fogo". Histórias De Amor E Mar. Farol. 1996. CD

 

 

Dormientibus non succurit jus (1). A hora -
- Tabela da verdade (2) num gradiente
De pressão litostática (3) e lucente (4) -
- Ebole no cronótopo (5). Embraia afora

Pelo desvelamento em Platão (6). E embora
Luminescente a proaíresis, vertente
De um Graal; se um Darach (7) ou óbice adveniente,
Ou se caliginoso, breia a robora

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