Olhar amblíope

Com seu olhar amblíope o tempo distrai-se no hemisfério
Das escuridões, mais circunflexas, quase , quase desconexas
Adorna a íris da noite esquecida entre os cílios da solidão convexa
 
No centro das dioptrias simétricas, elípticas e tão excêntricas esvai-se
O Tempo pífio ignobilmente travestido com mil lacaios segundos estultos
Nos céus escuto um irrisório lamento súcio escorrer pela face dos silêncios ocultos
 
FC

QUE SAUDADE!

QUE SAUDADE!

Das portas e janelas abertas, porque ladrões quase não existiam.

E lá nas cadeias locais, os policiais dormiam, pois o sossego causava sono.

O sol era contemplado logo ao nascer. 

A lua era esperada como uma rainha.

As Quatro Estações do ano eram contadas nos dedos pela sua  sua chegada por quem não tinha uma "Folhinha Sagrado Coração de Jesus". Que saudade!

E naquela época, não existia mosquito da dengue, e, eu brincava com as larvas na bica, na cacimba, na fonte, ou, na poça de água da estrada. Que saudade!

Ancestrais

Minha vida hoje é uma Premiere
entristecida
gotejo de paixão mal diluída
não percorre minhas veias o amor
Ó vida , eu sei
pelos outros, que é tão querida !
meu inverno não tem um nobre calor
E de longe as estrelas iluminam
o meu antegosto do amor
Um amor infanto, pausado no coração

Minha vida
flashes descontinuados
desliguei a máquina da ilusão
maiores possibilidades para sorrir

Lembranças de um vício apena

Lembrança de um vício apenas

Um pingo de poderoso anestésico
um elixir tortuoso
Inadvertida sensação
duras penas, amor patético

Envolto de lembranças
cena particular de um mundo
aparente diminuto
saiu sem imunidade
desta arena do bem

Caricatura sem criador
artista sem fantasias
sem lembranças infantis
a vila preferida, deslocado de
palavras amigas, bons vizinhos

Sonhar

Um olhar carinhoso para o céu
das estrelas sem dono
é apaixonante todo o brilho
que risca o infinito constelar
onde os seres flutuantes voam
empolgantes
um olhar cativo , de mãos dadas com o seu grande amor .
oh que alegria!
que viagem sem mistérios
observar luzes que acariciam ,
toda esta visão é fantástica
todo trajeto em viagem noturna
de um escuro tênue
continuam o voo de mãos dadas
oh viagem linda em se percorrer!
ela diz ao amado :

Crer

 

 

 

 

"Anos depoentes
Tão perto de Deus"
RITUAL TEJO. "Perto de Deus". Perto de Deus. Warner Music Portugal, Lda. 1992. CD

Dubia in meliorem partem [inobstante]
Interpretari debent - baddeleyita?
Quando em cisalhamento ou poalha, brita (1)
D' agathodaemons à  Gestalt nutante:

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