Magnólia Rosa - 2

Magnólia Rosa (2)

Oiço o cantar das milheirinhas… lembro-me que se aproxima a Primavera, contudo estou só.

Estou sentado na minha cadeira, olho para o pátio e reparo numa magnólia que cresce verticalmente, como uma vara, uma cana da India.

Ela faz isso apenas porque procura o Sol, porque quer sobreviver.

Ela cresce sem copa para não morrer. Parece um pau desnudado, magro, esfomeado…, mas milagrosamente deu lindas flores de cor rosa melissa! Que tu, meu amor, tão bem conheces.

AMO-TE ASSIM

Amo-te, assim,
em laivos de fome,
mulher sem fim,
seiva do meu nome.

Amo-te, em força,
anjo de candura.
Sou gamo...és corça...
Somos a ternura.

Amo-te, alor
dos beijos perdidos,
viçosa flor,
néctar dos sentidos.

Amo-te, aurora
das minhas manhãs,
sumo de amora,
rubor de maçãs.

Amo-te, auréola
de sonhos felizes,
grácil alvéola
nimbando raízes.

Amo-te, amor,
princípio e fim...
Sangue e calor
por dentro de mim.

PERITO APRENDIZ

Árvores querem, precisam que
Respiremos profundamente,
Especialmente em Portugal
Onde arde tanta árvore, tanto Pinhal !
.
Reb Anderson, discípulo de Shunryu
Suzusuki, Roshi, não dualista,
Escreveu Budismo Zen” da 4 Estações,
Que me ajuda a ser budista,
.
Santo, Buda liberto, compassivo,
Desapegado, integrado, não ansioso,
Confiante, humilde, intocável,
Comunicativo, perito, aprendiz…
.
Nem desta maneira, nem daquela
maneira, nem da combinação
Das duas maneiras mas

Celeste

Quero estar lá. Na profunda imensidão de suas formas. Vejo e as compreendo. Suas linhas paralelas. Linhas que percorrem seu desenho natural, ao alto de sua colina, ao finito horizonte. Demonstrando seu próprio nascer. Lá posso ver os pássaros, eles voam por lá. Lá posso ouvi-los, eles cantam por lá. Não sentem temor, ajudam a fazê-lo. Faz jus a calmaria, admirada por minha compreensão. Quero estar lá. Não é cálido onde está. É pouco e pouco célebre. Seu firmamento azul, e nunca volúvel. Da cor da neve estará quando o inverno tomar. Gosto assim. Seu frio também aquece.

Celeste

Quero estar lá. Na profunda imensidão de suas formas. Vejo e as compreendo. Suas linhas paralelas. Linhas que percorrem seu desenho natural, ao alto de sua colina, ao finito horizonte. Demonstrando seu próprio nascer. Lá posso ver os pássaros, eles voam por lá. Lá posso ouvi-los, eles cantam por lá. Não sentem temor, ajudam a fazê-lo. Faz jus a calmaria, admirada por minha compreensão. Quero estar lá. Não é cálido onde está. É pouco e pouco célebre. Seu firmamento azul, e nunca volúvel. Da cor da neve estará quando o inverno tomar. Gosto assim. Seu frio também aquece.

DISTENSÃO

Não se trata de reduzir tensão

Pouco a pouco até largar,

Continuando a agarrar: há

Que deixarmos passar
.

Mais ou menos rapidamente a dor

De julgarmos segurar algum ser, alguma

Coisa: soberana é a libertação

Quer nos apercebamos ou não.

.

Controlador(a) é controlado(a), não

Há nada, nenhum ser para controlar,

Nenhum objectivo a atingir: só os

Naturais desenrolar e enrolar sem parar.

.

Nem lutando nem fugindo, que é comunicar,

Nem do mal nem do bem estar:

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