Paula Correia
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Sobre mim
Sobre "MARESIA"... Maresia é mais que mar. É um estado de espirito. Luísa Neto Jorge fala da sua poesia como uma casa, com portas, janelas, pessoas lá dentro… Para mim essa casa é aberta, exposta, habitada por peixes que nos sonhos têm degradés sobrepostos de laranja (ou de outra cor qualquer que me apeteça). O mar é um espaço de liberdade, energia para o processo criativo.
O meu mar é de ondas frias. Embriagues. Ressaca de cloreto de sódio na pele…
“Metade da minha alma é feita de maresia” dizia Sophia de Mello Breyner. A poetisa do mar. Também gosto de almas bem salgadas. Deambulando. Sem pátria. O mar não tem pátria. É um vaivém de ondas em melancolias de azul. Efémero. Resta a maresia. Resta sempre o poema tatuado na pele. Mostrar/revelar a obra, como fazemos hoje, é perder o controlo do que foi escrito. É sal que se aloja em outras peles, noutros poros. Nos vossos. Eu fico dentro do poema.