Alegria

Sentimentos de Borboleta

O dia de sol espetacular preparatório
Que vinha de mãos dadas
Precípuo com cada destino
Escrito no mais alto dos escritórios!...
Pelo mais pequeno dos meninos...
Junto à uma porção de velhos retratos
E nos velhos retratos, as suas nódoas
Laivos fragmentados, combinados
À imaginação fantasiosa
Família reunida em fotografias... 
(Verdadeiras)
É pois, a alegria mais antiga e pura de se vivenciar...
 

Metal Motorizado (Na Rua Que Era Avenida)

Lá na grande rua que era avenida,
Dobrava o itinerário e motorizado
Que por todos nós era sustentado
Lá na grande rua que era avenida!
 
Os quebra-molas eram arrebatados...
Os horários, quase sempre atrasados
Lá, os opostos se encaravam lado a lado!
O pão e o leite, que no porvir seria comprado...
 
E o menininho pequeno alimentado!
E as contas atrasadas todas pagas...
Lá na grande rua! Que era avenida,

Fichas de Pôquer

Fichas de pôquer.
Verão,
Infância.
Alegrias passadas!
Sol forte.
Bola de futebol.
Cachorrinhos.
 
Brinquedos no tapete...
Família reunida!
Ceia de natal
No pátio, correria...
Na área, as risadas!
Gente do lado da vida
 
No pôquer dos dias,
Uma ficha jogada.
- Histórico da infância:
Alegrias passadas. 
 
08 . 06 . 2014

Poema Das Gritarias

Uma xícara de chá!...
Fumaças-cigarros-verdes
Na tarde-luz-do-meu-dia
Lembrei de toda uma vida.
 
(Mas nada superaria
Aquele poema escrito
No meio das gritarias!)
 
Olhava para a porta
Aquela luz-forte-do-dia...
De presente natureza morta
Eu... Eu olhava para a porta
E a porta não me sorria!...
 
Esse caos sujo e lotado
Envolto em muita agonia

Praia...

A praia... A areia...
A saia e a sereia. 
A beleza da terreira
Guarda-sóis coloridos
As ondas do mar...
A calmaria da praia
Só a praia pode te proporcionar.
Na praia, o sol...
Na gandaia na beira.
Os amigos e o futebol
De tocaia a tarde inteira
E há quem não goste de praia.
Há quem não goste
De curtir a vida!
Não liguem para a estética
Gordo, magro ou felpudo

Pernas Livres e Soltas

Este é o melhor remédio!
São leves e soltas!
Leves e soltas! Leves e soltas!...
Há algo melhor na vida
Do que ter esse privilégio?!...
(De andar, viver, cantar, ser e estar...)
Leve solto! leve liberdade! Leve ar!
Livre, pronto, livre liberdade
Fala tudo o que pensar!
Eu não tenho um Manual de instruções pra se velejar...
 
A gente vai crescendo e a visão vai se modificando
Se solidificando
Com o peso do pensar

Aos Noventa!...

Aos noventa eu quis ser alguém!
Aos noventa eu quis viajar! 
Conhecer a ilha... Praticar o bem. 
Aos noventa... Aos noventa quis transar também!...
Repeti o passo e doei o aplauso,
Sou somente uma única ervilha. 
(Aos noventa quis armar guerrilha
E ajustar os laços!...)
 
06 . 08 . 2014

Fictícia Liberdade

Estou preso.

Sei que em liberdade

Mas uma tão triste

Que, vinda p'ra ficar persiste

Em me camuflar a verdade.

Que seja então ignorante

Esta não longa passagem,

Seja somente relevante

De todas, a minha melhor miragem.

Porque não sei o que sou

Nem prevejo quem quererei

Persigo o passado que passou

De vida real que abdiquei.

E é isto, do tudo, o que sei

Acerca deste fracasso

Que outrora foi rei.

E no dia em que menos viva

O assombro desta passagem

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