Amor

ABRASAS

Tu és o meu porto seguro (...)
Onde eu quero ancorar o meu amor
- Depois de uma tempestade
Encontro os teus braços à minha espera
- Para encher o meu corpo com carícias
Na tua boca cada letra que deixo deixa-te vivo
- Tu és um rio de neve em fogo convertido
Em mim és um peito abrasas escondido.
Afinal os teus doces lábios, fascinam-me
(...) E convidam-me ao pecado.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca

ENGANAR O TEMPO

O tempo corre nos retalhos da nossa vida
Dos nossos corpos já fragilizados de dor
Acumula-se na poeira dos olhos sem ver

Embaça os nossos próprios pensamentos
Escondendo todos os sentimentos doces
De cada um de nós, espalhando os medos

Deixando a descoberto os nossos segredos
Marcam para sempre as páginas envelhecidas
Do livro dos nossos sonhos mais perversos

As memórias são um velho espelho abstrato
Porta-retratos escondido na mente pela alma
O tempo marca o rosto de qualquer humano

TU TALVEZ NUNCA SAIBAS

Talvez tu nunca saibas, mas dormes
nos meus dedos entre o tiramisu de manga
do queijo mascarpone e dos biscoitos com chocolate.
Talvez tu nunca saibas
onde as andorinhas fazem os ninhos
mas sabes bem o sabor do frango
com mel e gengibre como é maravilhoso.
Talvez tu nunca saibas
que há segredos entre as árvores do campo
no lombo assado com vinho do Porto.
Talvez tu nunca saibas
como as letras constroem a palavra amor

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