Amor

A Cor

Dizes que me amas… Sabes, não basta dizer…

Há que sentir uma força dentro de nós,

Há que ter uma vontade invencível de viver,

Há que transpirar a alma na voz.

 

Existem lutas que perdemos,

Existem mágoas que nos separam,

Cicatrizes que não vemos

E recordações que nos roubaram.

 

Mas a vida é mesmo assim,

Um rodopio de sentimentos,

Que não têm principio nem fim.

 

Queria entranhar-te com o meu amor

E fazer-te reviver certos momentos

Que devolvessem à tua vida a cor.

Appassionata

E  assim te proclamo
 
minha poesia rompendo
 
a madrugada errónea em nós
 
num vínculo de desejos travessos
 
quase ridículos
 
mas tentadoramente apaixonados
 
quando toda em ti até ao excesso
 
me sacio e arremesso
 
 
Assim conjugamos
 
todo o verbo amar
 
embutido na desordem
 

Onde...

Quando te busco
 
encontro
 
Onde te vejo
 
vislumbro-te cúmplice
 
Quando me navegares
 
teu rio e mar serei
 
Onde te esconderes
 
refugio-me dissimulado
 
Quando me sonhares
 
invento-te consolado
 
Onde me quiseres
 
espero-te mais estimulado
 
Quando me derrubares

Esses costumes

Acostumei-me às propostas
 
deste destino tão fiável
 
que nos acontece assim
 
esquivo, suspeito
 
desorganizando-nos insaciáveis
 
 
Não quero mais que as manhãs
 
se escondam lá no arquivo
 
dos teus céus azuis
 
onde adormeço feliz conciliável
 
Quero somente
 
embaralhar-me nos teus braços
 

BEIJOS

             BEIJOS

Beijos e mais beijos,

Que a distância, não venha impedir;

Você sentir,

O sabor dos meus beijos.

Te beijo quando me lembro de ti,

 Te beijo antes de dormir,

Sonho com você, beijo-te  ali comigo,

Quando acordo, lembro-me  que sonhei contigo,

Aí, te beijo  entre sorrisos.

 A sessão de beijos começa assim...

Momentos que desejo não ter fim.

Em pé ou sentados,

Deitados!

A sessão de beijo é dobrado!!!

 

Autora: Madalena Cordeiro

Poema sem nome

És tanto, e achas-te tão pouco,

Dás-me tão pouco, e acho-te tanto.

Evita o engano que o teu valor é outro,

Enquanto que eu louco me vou evitando.

 

Mas quanto preciso de dar?

Quando irei receber?

Será em vão tentar-te olhar?

Quando não me queres ver?

 

Não te vejas nesse espelho

Tão comum, todos iguais.

Pudesses ver o que eu vejo.

E verias que és mais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O tempo

O tempo

O tempo  é eterno, porém a dor no coração aumenta, porque a traição rasteja.

A dor está indo embora e no lugar dela chega a solidão.

O sol não causa mais tanta dor.

Com o corpo leve

Bebo água nunca

E me alimento bem 

A repreensão severa já passou e o amor está em mim e na companheira que não existe.

 

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