VIVER E MORRER
29 Se eu morrer, não posso dizer;
Que não amei...
Alguém dirá por mim...
Ela amou!
Porque eu amei.
Se eu morrer, não posso dizer;
Que não chorei...
Alguém dirá por mim...
Ela chorou!
Porque na verdade, eu chorei.
O esplendor de meu eu.
Busco no teu olhar,
Uma nova canção.
Quero-te beijar,
Mas não tenho permissão.
Tento-te entender,
Sem sequer falar pra ti.
Tento te trazer,
Mas o teu lugar ainda não é aqui.
Mas não consigo desistir,
Queimar o futuro onde já te pintei.
Entrei e não consigo sair,
Gosto de ti mais do que pensei.
Vislumbro na noite
o toque suave do alaúde
que disfere no tempo réstias da tua serena voz
A correnteza dos amantes é o cais
Sem freio rumo ao porto da alma.
Dois corpos entregues a um desejo
Feito de suspiros que ecoam além da carne
E são recíprocos nos diálogos e silêncios
Para a construção de uma ilha própria.
Um tempo imperativo de paz e refúgio
À medida de um indicativo sem sombras.
Onde o pretérito perfeito se repete sempre
E o futuro é um detalhe.
Fala-me de amor!
Só se declara culpado
Quem dá a cara à tapa pra sentir
O mundo é uma escola
Por isso estamos aqui.
Se pieguice é amar,
Que seja então
Eu preciso falar, baby
Toda a culpa da nossa relação.
Somos um corpo perfeito
Quando as brigas se vestem de não
A nossa história é longa, baby
Chega de tanta confusão.
Depois de muita cama e paulada
Ainda te sinto a pele
Cada poro entregue
Nas nossas horas espreguiçadas.
