Amor

GRITOS

De repente teu grito

Ecoou dentro de mim...

Juro que fiquei sem rumo,

A alma aflita,

A boca sem respostas...

Tudo repentinamente escureceu,

Um mar sem ondas

Inundou meu corpo

E tua voz raquítica

Nem pude ouvir...

Alvoroço,  emergência!

Era meu amor

Dando ciência

De que teu amor

Era meu...

O tempo se foi,

O amor diluiu-se,

Uma vegetação apócrifa

Fincou raízes

Num solo árido

Onde a esperança dormita...

Novamente teu grito

Ecoou...

Na órbita do amor

Defrontam-se noites
 
e dias numa peleja interminável
 
até me furto aos acasos
 
do ocaso
 
castigando toda a refinada coragem
 
em gomos de esperança
 
relembrada com imensa voragem
 
 
– Movi incrédulo
 
todas as órbitas estendidas
 
neste indecifrável Fevereiro
 
sobressaltado no calendário
 

Estratégias do amor

- Angustias brotam
 
por entre delicadas palavras
 
recicladas nas entrelinhas
 
onde absorvo fantasias recortadas
 
em fatias do meu ser 
 
 
 
- Sinto partir de mim
 
todos os dilemas enclausurados
 
nas memórias maculadas
 
nas lágrimas impregnadas
 
de perguntas tentadoras
 
que nunca fiz

Apelo

Perdoa-me,
 
pelas poucas palavras
 
as quais me impus
 
fazendo-me porém saber hoje,
 
que elas apenas fazem jus,
 
ao ser que ilumina, me anima e alegra
 
que a tudo e a todos abençoa…
 
que de tudo,de bem
 
de bom ,nos apela…e ressuscita!
 
FC
 

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