Amor

O tempo pára

O tempo pára
Na ferida que não sara
E ninguém nos leva o chão

O luar não acaba
Vive do nosso grito de ave
Em suspensão

Somos de mãos dadas
E as coisas submersas em nós
Eternas até ao fim

As palavras são fechadas
Em paisagens brancas
E o silêncio morre em nós

DO QUE TERIA EU SEM TI

“Cavalheiro, nossas diferenças são tantas, você tem tudo, e eu nada tenho. Nós pertencemos a mundos distantes que jamais se unirão”.
Essas palavras penetraram o coração do cavalheiro e o sangraram lentamente enquanto as águas corriam despreocupadas sob a ponte onde estavam.
A moça então virou de costas e começou a andar, deixando o cavaleiro com as lágrimas dele e cultivando a suas próprias. Contudo, pouco antes da moça sair da ponte onde estava, ela sentiu seu pulso ser firmemente agarrado, e então puxado para o outro lado da ponte.

Ibéria

Fizeram-se incertas as dores
e improváveis as angústias,
pois eis que chega com a Lua
o gitano riso de Carmen
enquanto na terra
do fidalgo da Santa Transcendência
revivem nos versos de Lorca
os verdes desejos
da paixão renascida.

                    Para a Musa

Referências a Carmen de Bizet, Frederico Garcia Lorca e Dom Quixote.

vem

Que o meu olhar visse
Que o meu toque chegasse
e aí te tocasse
enquanto o meu coração te sentisse

E mesmo não te tendo por perto
Fica somente,
esta vontade crescente
De um acordar menos desperto

Com a sede do teu amar,
o quente do nosso amor,
uma existência eterna!

Além do mar

Além deste mar imenso que nos separa a saudade fez morada em meu ser.
Aqui estou bem graças ao nosso bom Deus e espero que aí você esteja também.
O sol brilhando e nos aquecendo com muita delicadeza, os pássaros com seu canto suave nos tranquilizam nesta manhã de domingo.
 Meu desejo era estar aí ao seu lado, cuidando de você com muito carinho e dedicando um pouquinho do meu tempo a ti, que me és muito importante.
Fico a pensar muitas vezes que amor é este, quando vai passar, e não encontro resposta.

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