Amor

Esperas

"Porque o amor é a coisa mais triste quando se desfaz..."
 
Eu sei que agora ando só,
que as noites escondem as estrelas
e me furtam a luz que o Sol trazia.
Mas como há em Vivaldi
a renovação de toda Primavera
eu sinto que no peito
já brota uma nova espera.
 
 
 
- Da poética de Baden Powell e Vinicius de Moraes.

ALQUIMIA DO TEMPO

DO TEMPO

Corro em volta do pensamento
Porfiando um amor que em mim se fechou
E nele, ecoam as vozes que o tempo calou
Afogadas na mordaça do pântano do lamento.

Por águas turvas em cinzenta espuma
Um derradeiro olhar para te encontrar
Na espiral de vultos que levitam na bruma.

Batem asas de anjos nos meus ouvidos
Sinto na minha pele o aroma do teu perfume
Sinto na minha a tua boca rosa de lume
Estrebuchando a alma despertando os sentidos.

LUZ DE MINHA ALMA

Um dia , a tristeza!

bateu em minha porta.

E eu! Sentindo-me só.

Deixei, a tristesa entrar!

E triste, vivi...perdida.

Até...ver você chegar.

O sorriso, brilhou em tua face!

Tuas gargalhadas...

Viraram música, para meus ouvidos!

Não lembro mais os porquês...

De minhas tristezas.

Mesmo porque!

Os por quês, não importam!

Quando se está feliz...

Quando se está a amar

Intenso

Intenso

 

Eu até que gostaria de não ser tão intenso

De ser mais ponderado e não entregar-me tanto

Só que quando amo, amo intensamente de verdade

Que até o menos incauto pensa ser minha vaidade

E com isso amuo-me deveras em meu canto.

 

Não me protejo, entrego-me a ditosa emoção

Sou tão ingênuo boquejam-me os mais chegados

Simulo-me de surdo para não descambar a chorar

Entrementes motejam-me pelos abstrusos desagrados.

 

Eu até os entendo, mas cavalheiro sou,

O Último de Nós

Ainda que teus braços me afagassem

E no clamor da valsa me afogasse

No lago que em teus olhos habita

Sabíamos que da janela se avistava

Uma tempestade que já se espreitava

Na ferida onde a guerra grita.

 

Ainda me pergunto por que partiu

Onde foste quando o céu era anil

Quando o canto das andorinhas ecoou

Na calada da noite a brisa beija

A folha do álamo que se esgueira

Na porta em que bateu e não voltou

 

Nas paredes descascadas do tempo

Sangro fel no monólogo com o vento

AMOR QUE NUNCA VI

Poema dedicado à nossa "Flor Poética" Conceição Cordeiro

AMOR QUE NUNCA VI

Sonhos de amor de quem amou
Neste poema que te dou………

Marcados nos cumes de aéreos precipícios
Onde o sol reluz nas auréolas dos anjos
Refúgios de suavidade outrora assíduos
De fadas, musas e arcanjos.

Colhidas pelo vento e desbotadas pelos tempos
As frases de sons e ecos enfraquecidos
Rodopiam nos cumes brancos e amarelecidos
Falam de saudades, ilusões, lamentos
Amores, alegrias e maus momentos.

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