Amor

NATÁLIA

O céu há de mostrar-me os teus castelos,
E a noite vai se erguer nos olhos belos
Da minha alva menina...
E, quando ela arquejar por entre o prado,
O vento vai lhe dar, como um agrado
Seu divã na colina.

Acorda com gorjeios a natura
Num sonho de esperança e de ventura
De estio nesta manhã;
Se o anjo que dourou minha jornada,
Murmura o doce amor com voz de fada,
Com infinito afã.

Desventura minha

Por minha desventura, amei-te.

Também por tal coisa perdi-te.

Fiz de todos os meus sonhos

Uma bola e chutei-a para longe.

Ficou sendo mais uma estrela

No firmamento.

Contudo, deixaste de ser

A minha estrela-guia!

Desvaneceste-te  na cruel

Relatividade do tempo,

Sendo que o teu tempo,

Deixou de ser o meu tempo

Senta-te

SENTA-TE... A MEU LADO...

Anda... Senta-te
A meu lado...

Fala-me de quando a tua alma de menina
Não tinha ainda sido arranhada pelo tempo
Por gente que te não entendia
Näo via a dor que pingava dos teus olhos
Nem os silêncios que te amarravam o coraçäo

Fala-me de quando fugias
Por esses campos verdejantes
Para falésias errantes
Onde escondias a tua dor
E o vento te trazia o odor da maresia
E brincava com os teus cabelos

O QUE É O AMOR

O QUE É O AMOR
 
 
O que é o amor?
Sintomas?
Elemento de fantasias?
Situação que sustenta o
interesse de querer-te?
O amor é o estado propenso
a afeto duradouro 
e responsáveis.
Disposição de espírito
que induz uma pessoa a outra
dedicar, através do sentimento
carinho...
 
 
Poeta Francis Perot 

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