Dedicado

teias

será que somos teias delicadas ou telas de bordar onde nos enleamos divertidos?

 

Será uma vida cheia de enredos?

Que marcam como medos?

Somos assim existências demoradas!

Teias,

Delicadas,

Ou então bonecos comedidos?

Telas

De histórias belas:

Bordar!

Onde são cheias?

Nos momentos de avançar:

Enleamos!

Divertidos?

 

Será enredos?

Teias?

Delicadas!

Somos telas!

Bordar!

Comedidos!

Demoradas?

Onde avançar:

Enleamos,

vento

ondas suaves que levam o tormento feito mar, como vento: meu ser!

 

Ondas feito sal,

Suaves!

Que acham-se graves,

Levam,

o momento:

Tormento,

Feito assim, como mal!

Mar,

Como que a naufragar,

Vento!

Meu sentimento,

Ser!

 

Ondas graves!

Que levam!

o sal!

Foi momento,

Tormento

Feito mal!

Mar!

Meu naufragar,

Feito mal

Como vento

Meu ser!

Sentimento.

momento

é um instante e tudo muda, ficam os mundos em tormento desalinho!

 

è o prenúncio!

Um aviso ou anúncio,

Instante,

E ao parecer hesitante,

Tudo é um mundo que se escuda:

Muda!

Ficam as águas!

Os ventos, as nuvens e as mágoas!

Mundos!

Em modo delirante!

Tormento!

Desalinho: momento?

 

É anúncio,

Um instante,

Prenúncio?

Tudo hesitante!

Muda!

Águas?

Os mundos!

Ficam mágoas!

Escuda!

Em tormento,

Delirante!

manto do tempo

é um manto que cobre, devagarinho, como o tempo que passa, empata!

 

É o deixa passar!

Um passatempo,

Manto que encobre,

Que remata!

Cobre!

Devagarinho,

como que sendo um desalinho,

O mesmo que esperar!

Tempo?

Que se descobre,

Passa, doi feito espinho!

Empata!

 

É passatempo,

Um passar,

Que remata!

Manto cobre,

Como desalinho:

Tempo?

Descobre,

Passa, esperar!

Espinho,

Empata!

à sorte

 vamos flutuando sem rumo, à sorte,falta largar as amarras do caminho!

 

Vamos, assim, como que andando,

Flutuando!

Sem medo?

Rumo?

À espera do mesmo enredo!

Sorte?

Falta o prumo!

Largar!

As intermitências da sorte:

Amarras?

Do gesto nos agarras!

Caminho!

 

Vamos flutuando!

Sem rumo?

Largar andando!

Prumo?

Sorte!

Amarras,

Caminho agarras!

rua igual

a vida que passa é como uma rua, não há outra igual?

 

A cada porta o seu beiral:

Vida,

Que parece mudar como a lua:

Passa!

É, assim, cheia,

Como plena, sem escassa,

Uma semente que não semeia:

Rua!

Não é despida!

Há gente dentro,

Outra pele,outra massa!

Igual?

 

A vida!

Beiral!

Que passa?

É lua?

Cheia!

Escassa?

Uma rua!

Não semeia!

Não é despida!

Há massa no centro,

Há gente dentro!

Outra Igual?

 

construção

somos seres complexos, de tantos medos completos, somos uma bela construção!

Somos, porque assim nascemos,
Seres de tanta complicação:
Complexos!
De outras tantas coisas crescemos,
Tantos momentos perplexos!
Medos sem explicação!
Completos!
Somos assim um pouco mais repletos,
Somos a última criação,
Uma, mas a mais completa de reflexos:
Bela edificação!
Construção!

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