Um Privilégio
Autor: André Cadilha on Thursday, 21 May 2015Serão poucos, mesmo poucos
aqueles que têm
o privilégio, talvez a sorte,
página após página
Serão poucos, mesmo poucos
aqueles que têm
o privilégio, talvez a sorte,
página após página
Como te venero, como te admiro,
ao ver-te assim desse teu altivez
ao ver-te assim tão flamejante,
tão ardente
solta os cabelos ao vento
faz deles a tua bandeira
Musa dos meus temas
Lindo Douro...
Eu sou a árvore
em cada Primavera que passa
renasço,
crescem-me as folhas
rebentam os primeiros frutos
A Vila do Conde...
Vila do Conde tem rio,
Tem pinhais, tem sol e mar.
Tem redes de cor dourada,
E histórias para recordar.
Vi lágrima escorrer dos olhos dela.
Minha bela.
Eram gotas cristalinas de dor,
De quem não quer partir.
Não quer dizer adeus.
Como pedra endurecida lhe falei.
Que ali não poderia ficar.
Amanhã aqui não vou estar.
Usei a máscara de uma alegria
Que não existia.