Dedicado

O Coqueiral

O coqueiral sob o céu tingido de um tom cerúleo
Riscado pelas turbinas de um avião que passou
Postes fios e eu: um sujeito para embrulho.
Sou o presente dela! E o meu medo de amar o vento levou
 
Ao noroeste desse mesmo céu, uma estrela. Única e deslumbrante...
Observando, solitária, o espaço cósmico
Da qual ela mesma é amante.
Meteoritos ou estrelas cadentes?
(Razão e emoção)
Universo infinito: o compasso do instante. 
 

A Criação De Um Ministério Da Paz

Não fui aluno de Giddens em Cambridge.
Não frequentei o Liceu Camões ou o Instituto Superior Técnico...
Não me licenciei em nada, a não ser nos meus erros. 
Não fui um sacerdote da Opus Dei.
Nunca fiz sequer parte do capitólio!
Nem cursei direito (Válido para todos os sentidos...)
Mas, como ser humano,
Com letras, palavras e significados,
Estou formulando a criação de um Ministério da Paz. 
Pois a leitura nos traz a paz necessária.

Sem Limites

Sem limites, sem estremecimentos
Sem gastrites e sem mais alojamentos
Cinza tormento, sem limites de vento,
Vento gelado, sem momentos de tempo. 
Tempo nublado com aparências do pêndulo.
Sem limites, sem estremecimentos.
Na noite, no dia, em qualquer lugar
Vai tudo valer para alguma coisa mudar!
E um dia essa coisa vai se transformar...
 
Olho pro relógio e sou paciente
Ah! Eu sou paciente!... Eu sou.

Todos Podemos Ser Arte!

Todos podemos ser arte
Se nos tocarem as cordas exatas. 
Todos podemos ser arte
Se nossa escolha não for das baratas.
Todos podemos ser arte
Se nossa vida for injusta e ingrata...
Se nossa vista for fria e pesada!
Se nossa dor for portátil e rezada. 
Todos podemos ser arte
Todos temos as asas e os talentos
Todos podemos ser arte
O legado fica com o tempo!
Se a escalada for alta
Todos podemos ter joelhos 

Ilhas de Medo!

Encontra a coragem pra enfrentar logo esses teus monstros perversos.
Encontra a saída pra respirar logo fora desse teu labirinto controverso.
Ilha de medo! 
Sai de baixo dessa cama!...
 
(Há uma fenda pra felicidade!
Há... Sempre haverá.)
 
06 . 08 . 2014

Na quietude de minha aldeia

Na quietude de minha Aldeia

 

 

 

 

Na quietude de minha aldeia

Vou esperar pelo raiar do dia

Antes do amanhecer...vou acordar

Os pássaros me encantarão com suas melodias

Aldeia granito adormecida

Esperarei ver o voo do Açor

Gracioso e imponente

O pastor acordou ....e o rebanho espera ansioso

Sair pelos campos pela frescura da manhã

Em busca da fonte... vai uma senhora de luto ...

De cântaro á cabeça

Água fresca que saciará minha sede

 

silencio de uma brisa

Sem pressentir ...vieste silenciosa

Sussurraste para sentir a brisa quente

Que senti no rosto ... enrugado e dorido

Brisa quente que senti nos lábios e saboreei

Melodias ecoavam suavemente entre as folhas do plátano

Plátano centenário onde baloicei,  e adormeci á sombra

Sombra onde esperei ...por ti ...até um dia chegares

Silenciosa ... e apaixonante

Trazias no âmago ...mágoas que partilhaste

Mulher de ninguém ... viuva de um amor incondicional

Não sei se dizias o que eu queria ouvir

Jardim da minha Terra

Jardim da minha Terra

Minha Querida Terra do Mar,

Vila piscatória,

Outrora foste Palco de Glória,

Do povo romano.

À beira-mar plantada,

Por muitos és regalada,

Pela tua maravilhosa água salgada,

E areia dourada.

 

Prodígio da Natureza,

O tempo não levou a tua firmeza,

Belas arribas rochosas,

Te descrevem com certeza.

“Caboeire”,

Do passado e do presente,

Vingaste a tua forma,

Rainha Algarvia,

Certamente.

 

O teu tamanho

Pages