Desilusão
Traição
Autor: Reirazinho on Monday, 17 January 2022O ato mais ignóbil de todos:
confiar o coração ao cirurgião
com seu bisturi sujo de almas.
Higiene precária na lâmina
percutindo, veia por veia;
Ele sova a aura inocente,
em problemas, distrações,
ou indulgências da mente.
Magoa o outro e não liga,
pois, pagaram-lhe o preço
da esperança pouco perdida.
Ossa Coronata
Autor: Reirazinho on Wednesday, 12 January 2022Inconstância das grandes metas
é um elástico pronto a romper,
a mentira que vai e vem, destrói!
Ter titubeado aos instintos, corrói!
Meus ossos ruindo no sacrilégio
que eu mesmo atenazo: Quebre!
Por favor, quebre, não a mim,
mas a impermanência ilusória;
o cervical que sustenta o templo
das mil e uma enganações do ego.
Estações Complicadas
Autor: Reirazinho on Monday, 15 November 2021Enfrentas o mundo pessoal,
impessoal é aquele imortal
que da lógica fria, inverne
o solstício contrário, e a neve
congela a primavera da razão.
Relação interpessoal do irmão
secando lágrimas feito outono,
fez do possível pelo teu afago,
mitigou os frutos, mas escarro
foi o que levaste na face.
Não entendes que ódio nasce
quando argumenta por via
dos rios de verão que morria;
lavando o sentimento de amor
Pingo de nada
Autor: WILSON CORDEIRO... on Friday, 29 October 2021Sou um pingo de nada
enaltecido de horrores
meu grito insano
clama por socorro
nasci agora
não sei por que estou aqui
e aqui ,seres eloquentes
prometem e agem contraditoriamente
nasci no meio de tanta sujeira
onde dizem que viver vale a pena
sou um pingo
desprovido de tudo
já me faltam as armas para vencer
me bastaria a paz
onde cessaria a dor
sou um pingo de incertezas
no amanhecer do futuro
sou um pingo de Josés e Marias
que vivem e choram
brincando de viver
Coração
Autor: WILSON CORDEIRO... on Tuesday, 19 October 2021Entre vértebras e assustada fé
Além do amor e dos perdidos amores
Os placebos não livram das dores
O amor que se sustenta na contramaré
Nem um coração safenado critica
Qual a dor mais profunda e criativa
Coração robotizado a vida desmotiva
Qual das veias o amor se aplica
Estrada de servis a melancólica estadia
Este leito é de muita brancura e solidão
Beijos são gotas vibrantes no coração
Sentem os anjos que tipo de emoção?
Daí Senhor metade desta sensatez
Aos humanos em aflita pequenez
Corvos
Autor: WILSON CORDEIRO... on Thursday, 22 July 2021Garganta seca
não por falta d'agua
secura onde aperta este nó valente
um punhado de sementes indefesas
a mercê de solo seco
um amontoado de angustias
um soluço esburacando o peito
arrancaram as flores do jardim secreto
do coração inquieto
como se arruinou tão rápido assim...
esta fragilidade se alojou de vez
sepultaram para sempre
esta vila latente de mim
e deixaram tatuado de presente
esta saudade sem fim
miopia e o que acompanha ?
ao ver pássaros coloridos , que na verdade são corvos
Ausência
Autor: WILSON CORDEIRO... on Monday, 10 May 2021Ausência, do que a metamorfose meteórica está realizando
Daqui já vejo outro momento atravessando
Coroando as cãs e no cérebro
Que vai processando
A ausência não de abandono
Tentando se adequar a novos jogos.
É a nova juventude apostando...
Agora mais do que nunca compactando com as inovações!
Tecnologias, que despertam o nosso
Sono enquanto sonhávamos
Dispensaram o galo , do seu estridente bom dia matinal
A maioria juvenil prefere a cidade
Trocaram o verde pelo cinza.
As melodias, enlatadas