Desilusão

SOU O MEU PRÓPRIO

Sou o meu próprio carrasco
Despojada de palavras lidas
Num livro jamais escrito
De sonhos gigantes 
 
Nos confins da alma
Fazendo dos nãos talvez sins
Limites de alguns instantes
Letras cativas de solidão
 
Busquei na procura das virgulas
Perdidas dos que se desejam
Nas carnais sensações que despertam
As palavras despidas de desejo
 
Carrasco de corpos sôfrego de letras

Concessão

Deus, por favor, 
na medida das grandes possibilidades
 faça algum tipo de emenda no meu pequeno coração ferido.
Por favor, ó senhor
 faça me além das bondades já concedidas
 em nome do amor,
pois por enquanto,
ainda espero que me resgate desta solidão tirana.
e se a tua bondade me  conceder uma musa ,
o meu tempo 
quase todo  darei para a esta,
ela me terá 
como seu  escravo.
E na vida

Passou um ano

Já não sei o quanto fui perseguido por emoções fatais ,
O tempo passa ;inclusive nossas vidas.Passou um ano , e ela perdeu-se em algum lugar de meus sentimentos .
Hoje só Deus sabe o quanto estou sofrendo com a sua ausência ;passou um ano ,nossas vidas separaram-se,e cada qual com seu longo caminho ,ainda a percorrer .
Hoje me restaram o sofrer  e a saudade ,pois ainda a tenho na lembrança e sempre a terei.

Melancolia

Num mundo de intranquilidades 
 Muitas ilusões 
 Sonhos se tornam inreais
 Vida  melancolica 
 Finada na incerteza
De ser ou não 
Demais solidão 
Solidão que também
É mais que inimiga
mundo confinado
E sem rumos.
É preciso agora, pingar  até
A lágrima não chorada
Para não ser mais consumado 
Nas ruínas do coração 
Pois é necessario continuar
Nas andanças desta vida .

DEVANEIO


Não muda meu único devaneio
Sou aliado imune deste amor que preciso
Receber e doar
Desbotado meu mundo que era de arco-íris
E tem uma voz que adverte:
Não se entregue ainda amigo
Às vezes gostaria de ser um herói de Cervantes
O amor que morreu de amor.
Presente e regressando no tempo,
Brindei a tantos amores
A primeira vista cristais inquebráveis

UMA PARTE DE MIM

Uma parte de mim é festiva

Outra se furta de vida ,

Festiva parte humana feita de pó

Eu, que sou quase feliz

E de tantas lágrimas , talvez  entenda

O mundo lobo

Não tenho sabedoria para tal

E o que respiro  é em profundo sentimento

Devido a loucura dos dias e  

A embriaguez das noites ( solidão ).

Não ,

Não  é ausência de prazer

Negativo ,

Uma parte de mim e festiva

SER UM POETA

Queria ser um poeta 

Para dormir perante as dores

Queria poder não amar

Para evitar o quê de dor me espera

Queria ser aquele que nunca cansa

No mundo áspero que o cerca,

Ser um plano bem sucedido

Quero de mortes não entender

E a dignidade que nunca me deram

Quero entender porque este humano

Acha-se mais que tantos e tantos outros

Talvez seja composto de ouro e diamantes

E não de carne e osso.

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