Desilusão
Sentido da Vida
Autor: Joyce Machado on Wednesday, 25 June 2014Qual, da vida o sentido?
após um curto sonho irreal
alguém por quem a admiração é tal
por quem o sonho é um desejo temido.
nos acorda para a vida real
não com um beijo molhado
como tanto era desejado
mas com uma facada sentida de uma atitude banal.
Desilusão
Autor: Graca Mendes on Monday, 23 June 2014Com o tique-taque do relógio
Subi da tua ternura os degraus
E nas tuas estrelas encontrei refúgio
Em momentos maus...
Eras Sol e eu Lua? Não sei!
Quando a noite roubou o dia
Em teu corpo eu repousei
Como numa bela moradia!
Acordei ao raiar da aurora
Banhei-me no teu oceano
Vesti-me e fui embora...
Pensando: tudo foi um engano!
Ainda olhei para trás hesitante
Limpando as lágrimas da tristeza
Corri pela areia queimante
Do sonho, inspirada na tua beleza!
SONHOS DE POETA - I
Autor: josé João Murti... on Monday, 9 June 2014SONHOS DE POETA - II
Autor: josé João Murti... on Monday, 9 June 2014SONHOS DE POETA – II
Poema de sofrimento, um grito alado de dor
que ecoa no vazio, entre as margens do lamento.
Na conjuração das asas, para transpor abismos,
segura nas garras o símbolo do sentimento.
Fragrância latente no estigma da alma em flor,
verbo devoluto que se desfolha nos eufemismos
dos pensamentos trajado no negro da desilusão.
Sem alento, as visões mastigadas, jazem caídas,
varridas, para esse abismo profundo de solidão.
Lugar
Autor: Andreia Sofia on Sunday, 25 May 2014Nadando no mais profundo de mim
Encontrei um espaço onde posso sonhar
Onde posso um dia encontrar
Aquilo que eu quero ser
Nesse espaço não há medo de viver
E a vida me parece tão real
Longe de tudo o que é banal
Nadando no mais profundo de mim
Existe cor e balançar
Existe o vento a soprar
E se eu estiver a chorar
Morte
Autor: Michel Leal on Sunday, 27 April 2014Aqui no quarto escuro
Silencio vem me ver
A morte me buscar
Pra longe vou viajar
Brincar com as palavras
Belo modo de se expressar
Mas qual a honra nisso
Se não pra bajular
Não adianta escrever
Sem nada pra dizer
Vai ser só blábláblá
Como acabei de falar
Não sou poeta
Nem escritor
Sou só um garoto
Com o coração melado de amor
Doce como aquela flor
Pena que já morreu, toda cheia de dor
Cravo negro...
Autor: Ártemis on Friday, 25 April 2014Cravo, onde está a tua cor,
não sei dela, não sei de mim,
roubaram-te a esperança,
a mesma que tiraram de mim...
Estás de luto vestido,
quem te trajou afinal,
foi essa gente desgovernada,
que anda a matar Portugal...
Vejo as tuas lágrimas sobre a terra,
e choro eu contigo também,
com saudades desse tempo,
em que não pretencíamos a ninguém...
Venderam-nos a alma,
deixaram-nos o corpo ao abandono,
somos como cães sem raça,
de quem já ninguem quer ser dono...
FORAM AS GENTES DA MINHA GREI!
Autor: Ezequiel Franci... on Sunday, 20 April 2014
FORAM AS GENTES DA MINHA GREI!
Foram as gentes da minha grei
Que tudo me contaram
E eu sempre acreditei
Em tudo quanto falaram
Disseram-me dos sonhos
Sussurraram-me dos amores
Murmuraram-me das dores
Falaram-me do que era risonho
Não falaram da vida negada
Da verdade massacrada
Da mentira escondida
E eu, em vivência invencida
Fui morrendo: de venenos,
Amores e sonhos pequenos!
Ezequiel Francisco
Pensem as sétimas palavras
Autor: Rui Correia on Saturday, 19 April 2014Quem diz como as coisas são?
Estou a questionar-me
devido a ilusão
de estarem sempre a pressionar-me.
Esta ilusão faz com que fique farto;
Tanta pressão
e, depois, quando passo para o acto,
uma desilusão.
Querem que, também, seja como vós?
De ser por ser,
até viver esperando que o deus atroz
me venha comer?
É assim que zelam pelo futuro?
Ver quem somos
se desvanecer no escuro
e, ainda, contribuir para oprimir
o futuro que fomos?