Desilusão

Mágoas

MÁGOAS

Podes sair, fugir, correr
Mas não te podes esconder
Por entre a minha sombra
Sempre difusa.

Rasgas o tempo onde te guardas
Nos silêncios do teu querer
Fazes pequenas construções no meu afeto
Prendes nos meus os teus olhos de musa.

Por entre a aleivosia do momento
Posso fingir que não quero ver
Injurias, cânticos, lamurias, feitiços de lua
Onde no rio do além danças nua.

Código

Eu choro
Não por querer, por amar
Amar as coisas de que tenho medo
amar o ódio dos desumanos
Amar o riso dos idiotas
Amar o mar
O mar de lágrimas me desperta
Me desperta para o que sou
Sou humano
Sou pequeno
Tenho medos e desilusões
As chagas de um coração não se abrandam com beijos
Talvez com palavras, sentimentos
Tenho medo dos sentimentos
Tenho medo!

(Des)ilusão

Saiu hoje o resultado fatal quase até imoral
Que queimou dentro de mim a ambição
De puder crescer moldando a palavra
Como quando a vida em nós escava
E não encontra qualquer solução

Tantos sonhos, criados em finos contornos
Enleados em tecidos de fino cristal
Que agora padecem sem grandes adornos
Morrendo porque morreu também o seu ideal

Dias Sombrios

Foi mais um dia, uma manhã triste e sombria
Daquelas que por vezes nos vêm acordar
Dia chato e longo em que o meio dia parece ser o fim do dia
Pleno de abandono onde impera apenas, o puro azar

Existem apenas para grosseiramente compensar
Aqueles dias radiosos, inundados de luz e cor
Para tudo à sua volta apenas negativizar
Para abalar o teu espirito e aumentar a tua dor

Bastávamos nós dois...

Bastavas-me tu,
bastava-te eu,
bastávamo-nos este amor,
que tanto mas tanto nos deu...
Que é feito dos dias,
em que nos esquecemos do mundo,
e caiamos nos braços um do outro,
num abraço tão profundo?...
Tu em mim te completavas,
e eu culminava em ti,
dois corpos unidos,
num sentimento sem fim...
Bastávamos nós dois,
para iluminar a escuridão,
com as candeias acesas,
dessa nossa paixão...
Tu foste os meus olhos,
quando cega não vi,
que o Amor crescia,

DOR(MENTE) DE MÁ FÉ

 

 

É incrível! Um ser nasce OBRIGADO a ser multifacetado e DESCOBRE que a sua VIDA foi posta na Terra SOMENTE para EXPERIMENTAR vestes... E para sofrer a MIRAGEM do espelho que mente, de ALBERGAR mundos e fundos debaixo do seu conceito acolhedor de AMIGO... e quando este menos espera... é apunhalado de FRENTE e VERSO com palavras que se AGRAFAM àquelas fardas outrora SUADAS de INGENUIDADE, de luta por uma EQUIPA, por um CRÊR e QUERER!

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