Desilusão
Chave para o céu estrelado
Autor: Ícaro Marques E... on Tuesday, 21 May 2013Eis que na morada insana
composta de versos e mentiras
lírios e poesia
habita um céu estrelado.
O chão ladrilhado de metáforas
as estrelas repletas de sinestesias
Minha História
Autor: Ednéia Pereira ... on Thursday, 16 May 2013Sonhos Náufragos
Autor: Renato Laia on Saturday, 11 May 2013Dizem que são os sonhos
Quem nos comanda a vida.
Pois então eu estou morto,
Porque em mim o sonho morreu!
Não há motivação ou ambição,
Apenas tristezas e cansaços.
E até a esperança vai acabando
A cada minha nova golfada de ar!
O meu íntimo grita socorro
Mas os ouvidos alheios tapam-se...
Nunca há quem o queira escutar,
Não há ninguém para se preocupar!
Sutura
Autor: Renato Laia on Friday, 10 May 2013No silêncio escuro da noite
Ilumina-me esta breve consciência:
Os outros desistiram de mim,
Eu há muito desisti dos outros!
A solidão em que agora me percebo
É o reflexo do cego isolamento
Que sempre procurei dos outros...
Misantropo, eis o que me tornei!
Átropos, Minha Belladonna
Autor: Renato Laia on Friday, 10 May 2013I
Belladonna, minha dona bela!
Que em ti trazes o doce veneno
De uma trágica morte amarela.
(Salvação do meu viver pequeno...)
Tu, bela, que nas sombras moras
E quase sempre o sol evitas,
Deixa-me comer tuas amoras
Embriagar-me com as pepitas!
Anda ter comigo, ó Belladonna
Que o destino uniu-nos sem igual!
Não t'armes comigo em primadonna,
Quero a libertação deste mal!
Dilata-me as pupilas,
Que te eu quero ver melhor!
Amansa-me estes espasmos,
Deste persistir com dor...
Ambiguidades
Autor: Renato Laia on Friday, 10 May 2013Vivo a minha parca vida
Em sobressaltos e solavancos
Tenho os sentimentos mancos
E a consciência entorpecida
Pois aquando me alegro
Não tarda o desengano...
Sinto o cerrar do pano
Da minha felicidade.
Mas porque? Se ainda
Nem sinto o peso da idade...
Haverá uma razão
Para tal ambiguidade?
Ébrios
Autor: Renato Laia on Friday, 10 May 2013O Mundo gira e gira, e volta a girar
Dá mais uma volta, não pode parar
Nós, os ébrios, aqui nos quedamos
Por sermos tão loucos, às vezes erramos
Se o que nos move, ao chão nos agarra
Prefiro o imóvel àquilo que amarra
Prefiro a desgraça ao som da toada
Ao menos sou livre e não tenho nada
Fixos aqui, o mundo observamos
Entorpecidos no acumular dos anos.
Inertes, apáticos, algures perdidos
Não nos mexemos... Contemplamos!
Aqui Jaz Uma Vida
Autor: Renato Laia on Friday, 10 May 2013E quando aqueles dia há
em que nos encontramos perdidos,
sem nada que nos entretenha
ou nos ocupe o pensamento?
Nessas alturas apraz-me fumar
orgulhosamente um ocioso cigarro,
com a desculpa ilusória de que mata
a pasmaceira em que ando submergido.
Saco, delicadamente, o palito nicotínico
enquanto exclamo aos meus botões:
"Mais um prego para o caixão!"
Com a outra mão estalo a tampa do zippo,
Mola aguda que, simultaneamente, me estala o pensar
com a consciência da finitude irrevogável.
Fado / Fardo / Foda-se
Autor: Renato Laia on Friday, 10 May 2013Calminha, coração...
Vai com calma,
não te exaltes!
Que é que se passa?
Pensas que é por ti
que o mundo vai parar?
O mundo nunca pára,
seja por quem for,
muito menos por ti,
um ignóbil rastejante
que reptila as suas mágoas
à espera da pena alheia...
És um triste!
Faz-te um homem,
ainda vais a tempo.
Mas achas mesmo
que há alguém que se vai
dignar a esperar por ti?