Sombrio lobo das trevas
Autor: warmien on Tuesday, 5 March 2013
Sombrio lobo das trevas,
um ser feérico eu sou,
e já vi onde moram
Sombrio lobo das trevas,
um ser feérico eu sou,
e já vi onde moram
Se não digo, calo!
E alimento a vida dos que nada tem a dizer.
Inércia, anti-desejo, morte.
O dia amanheceu com uma imensa vontade de fazer a barba
e sentir a fria navalha pintar o rubro sangue no rosto.
Pulsa o coração nos pulsos,
explode e grita ao mundo o que quer dizer.
Sem razão para se fazer existir
E deixar o fluxo menstrual
lavar a alma dos hipócritas
e sangrar, sangrar, sangrar
até preencher os vazios.
E o amor?
Talvez esteja incontido na morte.
E.
Lindos cabelos anelados
Louros entre o médio e avelã
Como auréola da santidade cristã
Pobre vida pagã entre festins e orgias de Baco.
Ao submundo Messalina descestes
Aprimorando teu corpo no calor do sexo
E introduzida a infâmia por vários mecenas
Nas alcovas de muitos fora a comida e bebida predileta.
Cláudio, teu marido, e de toda Roma Imperador
De tua fama, doce meretriz, sabia e corno como se sentia.
“ Quero ir…”
Deixei o tempo para lá…
Sem sequer o percorrer,
Na ampulheta do Tempo parei.
Acordei no lado de cá…
Senti o cheiro nauseabundo,
Da agonia do Mundo trajado,
Na peça que representa a Vida,
No júri que decide sentado…
Deixei o tempo para lá,
Quis morrer sem existir,
RUA DE TERRA DURA, TERRA VERMELHA...
RUA ONDE BRINCAVA À INFANCIA
DE POÇAS DÀGUA E AREIA BRANCA
VIU-ME FELIZ, HOJE VE MINHA TRISTEZA...
RUA DE LUA CLARA, COISA DE BELEZA RARA!
CHEIRO DE TERRA MOLHADA, AH MINHA RUA...
ESTEVE PRESENTE, EM TUDO QUE A VIDA
DEU-ME E ME TIROU
FOI TESTEMUNHA DA MINHA JUVENTUDE E MOCIDADE
DOS BEIJOS QUE NA PENUMBRA EU ROUBAVA
QUE NA INOCENCIA DAS MENINAS EU AMAVA
VIVIA O AMOR E A FELICIDADE
RUA QUE JA EQUILIBROU BEBADOS
E ABRIGOU DESABRIGADOS
“ Rosas vermelhas, na minha Alma “
Nunca te contei,
Acerca dessa flor,
Dentro dos meus sonhos,
Longe do teu toque…
Nunca te contei,
Acerca do meu sono,
Dentro dos meus sonhos,
Entre a vida e a morte…
Nas minhas mãos…
“ Resentimento…”
Sons que percorrem a mente,
Consomem a sombra da noite,
Levam o corpo deitado,
Deixam-me ali, simplesmente…
Deixam a ausência de um sonho,
Refugo de um pesadelo,
Deixam a lágrima que lava,
A mentira que ali me deitou…
Levam-me o dia passado, um momento que não registei,