Infindado
Autor: Diana Santos on Thursday, 2 June 2016Talvez um dia… apenas um dia…
Deixe-me inundar pela bravura
De me entregar à afasia
Inerente na loucura.
Talvez um dia… apenas um dia…
Deixe-me inundar pela bravura
De me entregar à afasia
Inerente na loucura.
Há anos e anos luzes daqui dali,
Distante do tempo e espaço,
Na estrada do desamparo permaneço abaixo da aurora do mal,
A fitar com sombras e cores do horizonte a procura duma face...
As nuvens de alumes se formando rumando desenhando a tarde
E a tarde atravessando a tarde,
(...) Arranco-me a mais de mil dobrando os infinitos descalços (...),
Eis minha odisséia mal aventurada, minha aleivosia cruzada dum aceno.
Venci raios e trovões,
Deuses dos terremotos e virgens do pecado
Anjos malfeitores e ninfas belas,
Há uma luz
Há uma luz que me acompanha
Em volteios luminosos, em horários transitórios
Por vezes me apanha distraída, por vezes me assusta
mas... chega a ser belo e, admiro
Por tempos fico atenta ao seu bailado misterioso e, me pergunto:
Serão anjos que me guardam e me acenam?
Ou...quem não mais está entre nós e, muito me quer bem!
Assim seja
Seja a luz do meu caminho
A claridade em meu deserto
Braços ao meu redor; por perto
Onde ponho palavras, meu pargaminho
Seja o manto que me acoberta
A melodia assoprada no ouvido
Afaste os dias tristes para meu olvido
Companhia verdadeira tão certa
Seja a oração, o quero tudo
A voz que me diz sem pejo
Chegaste devagarinho
Com os teus pezinhos de lã,
Segredaste-me que te sentias sozinho
E que querias uma relação sã.
As asas lívidas revelam-se…
Os sonhos brotam constantemente,
Evocando vidas ilusórias que atropelam-se
Na procura da felicidade permanente.
A chuva escoa levemente
Na janela pelo vento fustigada,
Lavando pavorosamente
A alma anteriormente destroçada.