Parte do Tempo
Autor: Arlete Klens on Monday, 25 April 2016O tempo, isola dores,
Acumula sorrisos,
Eterniza lembranças.
O tempo acalma feridas
Aguarda que se redima.
Te ensina
Consola.
E quando é chegada a hora
Te arrebata,
O tempo, isola dores,
Acumula sorrisos,
Eterniza lembranças.
O tempo acalma feridas
Aguarda que se redima.
Te ensina
Consola.
E quando é chegada a hora
Te arrebata,
Vejo um tanto de passado como se fosse hoje.
E o tempo carrega lembranças,
em memória daquilo que vivemos.
Teu semblante é fantasma acorrentado a alma.
Que não acalma se o dia dorme
E nem se afasta quando chega o amanhã.
Sigo aqui, escravo de ti,
Triste.
Amarrado ao tronco
E a saudade é açoite que castiga a alma.
Sou um pacote abandonado a árvore.
Na estranha manhã criança o sol faz brotar sua luz,
Não aponte ainda:
Estou com sono,
Não soletre estes pequenos raios em minha face,
Agora não:
Pois não!
Fazes-me para mim um doce aferventado chocolate,
Traga as escritas em forma de pérolas,
Coloque-os em mim em ti,
Doar-te hei o meu lenço já com choro,
Tu chorarás também porque o instante está machucado.
Deixe-me por um momento que deixar-te também preciso.
É neste verso inverso o tombo em louças, um jazigo,
Se disser que perdi digo,não.
Não perdi tempo, nem dinheiro.
Sentimentos em bonecos que dançam ao luar,
Inertes, paradoxos que todos sabem
No tempo, uma vida, esperar...
Uma luta, uma chama a auxiliar
O que, em sangue, fora familiar.
O progresso de vida sucumbe aos meus desejos...
Penetra-me a bondade e o senso;
Voam palavras e faladores beijos
Na minha mente, diálogos que penso!