Geral

Simplesmente...

Simplesmente...

 

Olhar sereno

Bordando letras

Abre a janela

Pela manhã

vê o o orvalho

na flor da maçã

Um beijo no rosto

Um abraço apertado

São mimos que quer

Quem está enamorado

Uma flor

Enfeita o sorriso

Da mulher que traz no ventre

O seu melhor presente

Esta é a vida

Simplesmente vivida

Em cada flor, um sorriso

Doce aconchego

Desenhado pela natureza,

Ternura, doçura, dedicação

Afecto, meiguiçe

Simplesmente…

Lírios Pretos

lírios pretos
giram em torno de mim
esculpindo um código
com a sua dança inebriante.
 
um padrão por descobrir
desperta da sua hibernação
e salta da superfície da terra.
 
imagens metamórficas
deixam a sua cova
na simplicidade de um rascunho.
 
lírios pretos
fazem despertar em mim
o lado obscuro do meu ser.
 
lírios pretos.

001

na cadeira do velho relvado,
chá com sol,
leituras de romance em romance.
 
até o sol cair como uma moeda na fenda da terra.
 
lembra-me o verão
pirâmide de luz
 
corpos amarrados
queimavam ao sol laranja
escondendo os halos
com a pele gretada destes lábios.
 
figuras a fumar
fecha os olhos
parte.

PALAVRAS RASGADAS – I

PALAVRAS RASGADAS - I

A flecha só morre no pássaro, quando a luz
se apaga e o canto se escreve!
É nessa dor que começa o poema
de palavras rasgadas,
como se a alma quisesse libertar
das suas amarras
as frases contidas no sentimento,
que o momento sente, vive e reproduz
injetando nelas o ar para respirar.
Soltas e desenfreadas
fluem livremente à velocidade
que a mente prescreve,
divagando na inspiração!
São como o cântico das cigarras,
livre e selvagem, ressoando
quando o dia perde a luz.

Ao Contrário

Aqui é o fim.

Que bom que consegui chegar até aqui;

Um ar puro, que provoca risos no meu pulmão.

Respiro…

Fico extasiado com a beleza!

Observo,

Veja só!

Daqui de cima, até o horizonte é mais seguro.

Que incrível…

Estou pasmo!

Como é lindo!

 

Acho que não vou suportar…

Minhas pernas se recusam a me obedecer!

Vou desabafar!

Para quê tudo isso?

Eu não preciso de tanto!

Cheguei no meio do caminho.

 

Venho andando há dias…

Acho que não vale a pena,

Anatomia Poética - Os Rins

És intrigante…

Recebes todas as injúrias,

Jogam em ti todas as sujeiras

E tu as suporta com naturalidade

E ainda consegues vazar a pureza!

 

Que coisa terrível é quando te zangas!

E quando adoeces e já não podes trabalhar, que calamidade!

Se bem que nem sei se trabalhas…

É apenas o teu jeito de ser;

Árduo, valente e tolerante.

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