Geral

Rua da solidão

deambulo pela rua
à procura da razão
desse amor que me trucida
que me trespassa o coração.
 
dou comigo perdido
em estradas sem saída
em caminhos cruzados
nas ruas da minha vida.
 
empedrados já gastos
por uma grande ilusão
pelas vidas passadas
por quem se esconde da solidão.
 
tanta amargura há em mim
que agora já não tem cura
e sem destino nenhum

PASSADO.

PASSADO.

Existe terra a amar,

Existe vida a exaltar,

Existem eras a viver,

Existe o campo a andar.

Somos, seremos algo que viveremos

E continuaremos,

A viver, sonhar e cantar.

Hoje em dia,

Simplesmente somos o que não fomos,

Pensamos onde no ontem não elucidamos,

E assim,

Aprendemos a amar,

PALPITE

PALPITE.

Falar em sentimento,

Senti-lo no coração,

Não vós sabeis,

Quão demagogia existe?

Neste acalento que faz tremular,

Minhas palavras escoam,

Como voam as andorinhas.

Oh! Que dizer em terra melodiosa,

Que em simples soneto,

Mostra teu sentimento,

Mostra tua solidão.

Sabereis um dia,

O claro caminho negro.

O CLARO CAMINHO NEGRO.

Ao sol da meia-noite,

A lua diurna toda vistosa,

Fazendo rima as estrelas,

Que se diz arranjo noturno.

O comparar vital negro,

Deliciando-se no campo celeste,

Voltado ao sol noturno,

Dizendo-se crenças roladas,

E que até hoje,

São escurecidas pela lua.

Todos somos, o sol e a lua,

MENSAGENS

MENSAGENS

Estes olhos mensageiros,

Pequenos nas grandes interrogações,

Que em mergulhos profundos,

Fazem com que nasçam,

Em mim, muitas indagações.

Eles que trazem a si,

Toda beleza, coesa natural,

Que enchem de água os dias,

Nos quais, se sente sozinha,

Em um mundo incerto como tal.

Introspecção incerta ao ego,

SONHOS APAIXONADOS.

SONHOS APAIXONADOS.

Vivi sonhos apaixonados,

Que na estrada se desfez,

Como um farol iluminado,

Que se apaga na escuridão de vez.

Nesta estrada reta de curvas,

Com claras neblinas turvas,

Que em seu leito chora,

Durante a noite e toda hora.

Houve um desvio,

Por esse caminho tomei,

Como um desafio,

Mais um dia brilha

Mais um dia brilha,
Sem que traga nada.
Se há luz que trilha
Levo-a apagada,
Embrulhada num pedaço de vida,
Tão desperdiçada,
Que só tem lugar na algibeira esquecida
De umas calças, há muito, não usadas.

E eu, que tenho pouco tempo,
Visto essas calças,
Num contratempo de coisas falsas,
Uma última vez,
Para tentar ser.

Lua

Lua…
Musa inspiradora dos meus versos
Que acaricias as estrelas
E apareces majestosa ao luar
Espelhas-te nas águas cristalinas
Enquanto os lobos uivam
E os poetas libertam sentimentos
Estimulas os sonhos
E fixas-te no coração
Do homem apaixonado
Lua…

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