Geral

a lua vai alta

Madrugada fria
e eu aqui sozinho.
 
Preciso de ti.
 
Onde estás?
 
Longa é a noite em que te espero.
 
Mas não, não quero pensar,
que não vais chegar,
para me aqueceres nesta solidão.
 
Não suporto mais sofrer.
 
Quero o teu amor.
 
O tempo parou e
eu não percebi.
Acho que tu chegas-te
quando eu parti.

Sabe o que é estar feliz com quase nada?

Pois bem. - Acabo de lançar meu primeiro livro de contos e crônicas, que inclusive estará na FLIPORTO em novembro deste ano. No momento só se pode comprar o livro via internet diretamente no website da editora. Sinceramente meu objetivo enquanto escritor já foi atingido, pois, acabo de saber que três pessoas no Japão compraram o meu livro via Internet. Ou seja, três pessoas do outro lado do mundo compraram o meu livro. Isto pra mim foi o máximo, era só isso o que eu queria. Claro que eu não sei quem são essas pessoas.

last night

É noite... lá fora a cidade já dorme. Aqui, o tempo passa lentamente, abro o maço, tiro um cigarro, e puxo-lhe fogo. Penso na vida. Dias passados, dores sofridas, pontapés levados, lágrimas a rolar, enfim, um amontoado de coisas, hoje já sem nexo.
Sofro, estou só, desamparado, e acima de tudo odeio a vida, ou melhor dizendo, a vida repugna-me.
A noite vai longa, o sono não chega, dou voltas na cama... por fim adormeço. 7h15m, o despertador toca, acordo, . . . enfim foi só mais uma noite.

tristeza

Fecho-me num quarto escuro, onde tudo se torna claro, acendo um cigarro, o último do maço... choro lágrimas de sangue por alguém que quero que morra; tento extrair de mim toda a dor existente, mas não consigo, enfim... bebo um gole para esquecer, mas não consigo! O que será de mim.
Refugio-me num copo de absinto, e tento arranjar solução para o que me é visível, mas estou só e desamparado. Não me é possível, . . . estou triste.

Despedida

Despedida

Vem sentar-te comigo ao entardecer
Sentir as metáforas moribundas de um peito aberto
Rasga de mim o rascunho desbotado da lágrima
...erradia de mim um verso...ébrio...
...uma melodia crepuscular...
Retira de mim toda a ternura que nunca escrevi
Bebe dos meus olhos , o sal que o mar não tem
O diluvio serenado em silêncio ...

QUEM SABE...De mim...

                   QUEM SABE... De mim...

 

Naquela tarde quente, que incendeia,

Fui refrescar-me à borda da ribeira.

Absorta, tacteei a fina areia...

Divaguei...recostada à oliveira.

 

Aquilo do que eu gosto, não é ouro.

Nem quero o arco-iris alcançar !

Nem quero possuir alcácer mouro

Ou jardim de repuxos d'agua a jorrar !

 

Só quero ver estrelas. Não tocá-las !

Ver e sentir o voo do pardal.

Ver florir as < três  rosas> e beijá-las,

Molhar os pés no orvalho matinal.

 

Platôs mansos em deleites mornos

 

Julho de fogo lençóis em chamas ao vento,

Tem nas costas da amarela Serra

Um Moisés ou um Dragão.

Cercania com sarilhos indecentes

Qual rosto urinado

Quão terrível

Quão Atlantis na meiguice de Atenas

Ao encontrar no zodíaco

Todos os pelados deuses caídos.

 

Arriscar um nome e perder todas as joaninhas das matas,

O adeus e o lamento do sono com som de fúria

Feito bomba atômica do peito

Fundir-se às lamuriosas alfazemas zincadas.

 

Pecai em meu nome com toda vossa culpa

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