Se descubra
Autor: Lucas Ala on Wednesday, 21 May 2014Aquele momento em que você descobre vai perder algo é único momento em que você demonstra quem é você, e por que lutaria.
Aquele momento em que você descobre vai perder algo é único momento em que você demonstra quem é você, e por que lutaria.
Vejo pontes, portos, paredes, estradas;
Um ponto. – Quero chegar lá.
Uma vírgula. – Estou aqui.
Cansei! Vou subir, elevar…
Vejo cordas, escadas, roldanas
Para içar, lançar
Sou flecha
Teso o arco, disparo
Uma bala…
Docinha!
Vejo moça, menina, mulher.
Sou homem!
Sou da vida,
Sou da lida,
Labuta, batalha, tarefa.
Desperto. Esperto, malandro…
Trafico amor,
Lavo o dinheiro com a lágrima da dor.
Bandido! Ladrão!
Pega! Pega!
Esqueço a dor,
Ignoro o terror, o feio, o sujo…
Me recuso a ficar doente,
A ter medo, destruir…
Lembro de sorrir;
De me alegrar com os pássaros,
De extasiar com as flores,
De comer, de beber, de sonhar!
Não lembro de ter pena!
Não entendo quem não luta
As brigas da vida.
Não acredito em esmolas!
Acredito em doação,
Acredito em desafio,
Em estrelas no céu acima das nuvens,
Em suar no calor
E rir, despencando no chão
*
O vinho cai intensamente sem pausas
Desdobrando as flores de primavera
Que colhem do vento o cheiro vermelho
De corpos que morrem juntos sem casa
Entre o silêncio morto e o trânsito lunar
De sons noturnos que já ninguém espera
Continuo contínuo
Contendo contigo
Conteúdo confuso
Contraio contato
Contando contratar
Controle contrário
Contemplo contente
Contagio completo
Com consenso.
Enide Santos 19/05/14
O eco que ouço da minha dor,
(re) bate nas paredes deste infindo vazio,
E por vezes deixa-me insana.
Prostro-me imóvel e ciente de;
Não pode tocar,
Não pode realizar,
E nem ao menos sonhar.
São fósseis dos grandes sonhos,
Caminhos do qual,
(in) voluntariamente desviei-me.
Posso sentir-me desaparecendo aos poucos
Presa em cada devaneio desfeito
Sequelas adornam minha alma
E tento regurgitar-me de mim.
Matei as palavras
Pudera eu dizer-te com palavras
o que carrego dentro,
mas as palavras são sons sem sentido
para o que sinto crepitar dentro.
E as palavras
matei-as,
degolei-as com as minhas próprias veias,
E o silêncio abracei para sempre...
Palavras?!
Para quê?
Se já estão mortas!
Quem com o coração não sente,
Não é com palavras que entende!