Geral

###NO RECÔNDITO DO CORAÇÃO ###

A vida é atribuída,
Na emoção de uma saída.
Numa suave poesia,
Que a natureza irradia.

Onde a verdade,
Expressa tão profunda nessa realidade.
No estilo poético,
Que penetra no recôndito do coração.
Onde a poesia no seu clima,
Trás um estilo ético que estima.

Onde palavras obscuras,
Tem uma vida áurea cheia de procura.
Que entrega se nesse recurso,
Ditando sempre o seu discurso.

Todos os amores

Todos os amores

 

Amores do passado vez ou outra me veem a lembrança. Revivo então a ternura que foi, o quanto cresci, as marcas que ficaram. Que sujeito louco sou eu, ainda amo todas as mulheres que estiveram comigo em alguma época da minha vida, e nunca deixei de amá-las. Meu coração gosta disso, não joga fora nem esquece nada que sentiu.

 

Charles Silva

Covarde!

Covarde!

 

Sempre acabo regressando em lágrimas.

Tenho a coragem de atirar a pedra no fundo poço escuro,

Mas não tenho coragem de ir busca-la.

Sinto demasiadamente covarde.

Regresso em lágrimas,

Atiro outra pedra.

Covarde!

 

O violino me machuca com seu serrilhar,

Perfura lentamente minhas entranhas...

Sei que sou senti-dor, venho nascendo assim.

Não penso conclusivamente, sou lento, como a sonata que ecoa.

 

Atiro outra pedra,

há um não sei quando

trémula a última estrela
soltam-se palavras na memória
a dor ri de mim
é tanta a sombra que me envolve
no escuro
debalde a claridade procuro
no tempo que me tem,
e só é a saudade que vem
do tempo de além.

tiro da gaveta o linho
com o olhar turvado
morro como um passarinho
com seu cântico acabado.

MINHA CARA

MINHA CARA

 

Esta é a minha cara, barba branca, cabelos brancos, olhos claros, muitas rugas vindas com o tempo. Minha face, meu rosto, minha cara, não importa como a chame. Amo cada um dos meus fios brancos, respeito todas as minhas rugas. Elas têm muitas histórias pra contar, tem o gosto doce de dias felizes, o sal de dias insólitos, e muitas lembranças guardadas. Essa é a minha cara. Há quem goste.

 

Charles Silva

Pages