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Imensidão

 

Imensidão

 

Diferente do tempo que devora pelas beiradas,

Eu tento viver me devorando por inteiro,

Busco nas entranhas, o banquete principal.

Aquilo que está atrás dos ossos e sangue.

Que manifesta em seu poder a sensação prazerosa sádica de sentir na morte interna o demasiado prazer.

 

Meus lábios funcionam como vinho nesse banquete,

Belíssimos abridores de apetite preparam o terreno para o ato se consumar.

Aos poucos, mas buscando engolir sem mastigar, quero o desejo último,

Um Pouco de Tudo

 

Tudo para cada um,

Um pouco para todos

Dividir, compartilhar, desfazer-se...

 

Fazer, pouco a pouco,

Tudo novamente.

 

Todo mundo é derivado

De cada um

E cada um faz o mundo

Que é de todos;

Quem trabalha faz o mundo

De quem emprega que paga o mundo

De quem trabalha.

 

Nada para alguém é tudo

Para ninguém, um pouco

Para todos, tudo

Para cada um.

 

Somar, reter para si, refazer

Pouco a pouco

Tudo novamente.

Rodrigo Dias

Um Poeta

 

Um poeta não fala de amor, fala do vento.

Não fala de dor, fala da chuva.

Não fala do medo, fala do frio.

Um poeta não fala.

Respira, sussurra...

 

Um poeta não tem alegria, não chora.

Um poeta não sente depressão, não sente.

Um poeta não fala a verdade, não mente.

Um poeta não fala...

 

Um poeta não tem palavras, tem gestos.

Não tem história, tem contos.

Não tem vírgulas, tem pontos.

Não pergunta, exclama.

Não lê, declama...

 

Um poeta não declara, supõe.

PODER DE DEUS

                                       PODER DE DEUS

A  todos, que o poder de Deus renove, as suas forças.

Renove sua esperança e sua alegria!

Sua coragem, sua ousadia...

   Sua perseverança e sua fé.

Que você tenha sempre, a Palavra de Deus! Para direcionar sua vida!

 

Autora: Madalena Cordeiro

 

SERVIÇO

                                SERVIÇO

Segunda- feira, dá vontade saír de carreira! 

Fugir dos compromissos, mas um bom cidadão não faz isso!

Gostou? Então vem me ajudar no meu serviço!

 

Autora: Madalena Cordeiro

Plantações na manhã

As bocas secaram todos perderam suas minas cristalinas,
Carvões maiores que diamantes,
Homens e cascas
Olhos e máscaras obscuras

Era sem cor o que nos veio
Tão forte quase com peito fraco
Faltava o ar no sorriso tristonho de canoa
Incapaz de rio e marolas dançantes

Arrozais devastados
Lamas persistentes
Eclipses brutos não desistentes lutando contra o que era pra ser

Enfadonhos narizes aduncos
Possíveis gênios do escarro

Quem eu sou!?

 

Quem eu sou!?

 

Há quem diga que sou louco!

Há quem me defenda.

Pra uns eu sou um chato,

Pra outros sou hilário!

Pra umas sou um gato,

Outras juram que sou rato!

 

Já  fui chamado de safado

Fingido

Traidor

Já fui tratado com carinho

Mózinho

E meu amor.

 

Me vejam  de qualquer jeito,

Porque de qualquer jeito,  eu sou.

Eu sou antipático.

Sou simpático.

Sou frio e caloroso

Verdadeiro e mentiroso.

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