Geral

O futuro

Não cultivar o falso trigo para o futuro
Será sem grandes expectativas, a era é incerta
Viver o hoje porque o perverso caminho é duro
O futuro dorme para os justos e o joio desperta

Não planejar antes desfrutar do santo pão
Não fugir antecipadamente da abençoada luta
Apagar o passado de trevas, caminhos de ilusão
Soldado revestido de bravura e fé, fiel conduta

Não desejar antes, o mundo mal vencer
Pois soldado despreparado e desarmado
Na batalha pode não ter sorte e morrer

Negra tinta...

Não sou poeta nem escritor

Deito apenas tinta para o papel

Tinta negra como o sangue da minha dor

Por esta pena que é vesícula do meu fel

 

Este sangue escuro, frio e negro

Como tão negra é esta alma minha

Negra a tinta com que escrevo

Coisas desta alma daninha

 

Tão negra tinta em fio espesso

Grosso caudal em rio de lama suja

De tantos pecados que por ele correm

 

Não sou escritor que há glória fuja

Nem poeta dos que sem glória morrem

desabafo...

Conheci a rima na ponta de uma caneta

Já não sei se vermelha, azul ou preta,

Mas tão leve como uma borboleta…

Da pequena esfera fluía.

Fugaz e ligeira me escorregava,

A rima solta na tinta que entornava,

E que livre se formava…

No papel onde caía.

 

Até que “vagabundeando” por aí…

Poemas de merda me gritam,

Com versos cheios de nada.

Frases compridas que de tão ocas se agitam,

Repletas de palavras vazias em boca desfraldada.

Pétalas coloridas em flores sem cheiro.

Palavras soltas...

Vou só escrever palavras soltas,

Vou Com elas dar umas voltas,

E Quem sabe por aí possa-me encontrar…

Numa retórica empolgado,

Num romance editado,

Ou numa prece…a rezar!...

Quem sabe não me ache numa esquina,

De um texto sovina,

Sem sentido, sem nexo…

Depois de um traço ou travessão,

Numa carta escrita à mão,

Ou sob um acento circunflexo!…

Talvez sentado no acento de uma rima rica,

Isolado que entre aspas fica,

Ou entre parêntesis numa explicação…

no começo do exercicio

Com quadras leves comecei,

E para os seis versos me voltei,

Neste formato que mais me agrada.

Faço Rimar A/A + B

E também com B, termino C/C,

Numa escrita mais cantada.

Assim, deixo voar o pensamento,

Digo que voa nas asas do vento,

E sai-me outro terceto…

Mas foi só metade ainda

Falta-me outro que finda

Mais este outro sexteto.

 

Ou seja,

Rebolo as palavras na minha mão,

Digo que sim pensando não,

E tenho uma rima a preceito.

Não estou triste, tenho saudade;

Não preciso

 

                           Minha mágoa...é só  minha

                           Maltrata, machuca, eu guardo

                            Uma lágrima furtiva. Entalado

                            O suspiro, ou mais, tanto tinha.

                     

                             Ninguém sabe! ou finge

                             Não saber, não quer ver

                             Mas não é preciso, tenho o saber

                             Que chama maldosa se extingue.

 

Nereide

Porquê falta um teatro em Magé? (Roberto da Silva)

Porquê noissos poetas estão no bar declamando suas poesias...

Nossas atrizes e atores estão na praça encenando peças..

Cantores dando show ao léu!

Amantes das artes empinam prospectos pedindo: "Queremos teatro"

Até que vem uma nova geração e pedindo: "Queremos um teatro"

Para ouvirmos palestras, assistir formaturas, lançamentos de livros, exposições e inúmeras manisfetações artísticas e  sociais e econômicas e políticas!!!

Sim, pois, faz muita falta um teatro em Magé.

Fica vazio o ego de nós mageenses! 

Palavras mansas

   Me diga palavras mansas

    Permita que por você me apaixone

     Me olhe com  olhar doce

     Me abrace com ternura.

 

     Sussurre ao meu ouvido

     Fale o que quero ouvir

     Desejo o amor sentir

      Que seja eterno e, me faça sorrir.

 

Nereide

 

 

 

 

 

A hora

 

                    Um voo distante

                    Na hora certa

                    Sobre nuvens cintilantes

                    Me servindo de coberta.

 

                   Rodopio entre luas e sois

                  Navego por entre estrelas

                  O manto azul serve de lençóis

                  Escorregando entre os dedos

                   Os sonhos e as estrelas.

 

Nereide

 

 

 

 

 

 

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