o terceiro segredo de Fátima
Autor: Clarice Lis Marcon on Sunday, 6 January 2013
a igreja ainda mantém em segredo
a terceira e última revelação de Fátima
a igreja ainda mantém em segredo
a terceira e última revelação de Fátima
I
Ó as enormes avenidas do país santo, os terraços do templo! O que foi feito do
brâmane que me explicou os Provérbios? Desde então, ainda vejo as velhas de
Não tinha onde escrever,
	Então escrevi em ti,
	Para não esquecer
	Tudo aquilo que senti.
	Quando te estava a ler
	Meu inconsciente viajou ,
	No teu interior foi viver
	O meu corpo abandonou.
	Fiz da tua a minha história
	Com momentos de ternura,
	E conquistei a minha glória
	Num momento de bravura.
	Regressei à realidade
	Quando te acabei de ler,
	Mas ficou a vontade
	De um dia te reler.
Mulher! quando nos braços
	    Te escuto uma canção,
	    Não vês em meus abraços
	    Profunda commoção?
	      É que o teu canto á mente
	    Me traz vida melhor...
	                Ah!
	    Cantai continuamente,
	    Cantai, oh meu amor!
	    Quando sorris, assume
	    Teu rosto uma expressão,
	    Que o mais feroz ciume
	    Se desvanece então.
	      Sorriso tal desmente
	    Um coração traidor...
	                Ah!
	    Sorri continuamente,
	    Sorri, oh meu amor!
A Silva Qinto
	Eu não amo ninguem. Tambem no mundo
	Ninguem por mim o peito bater sente,
	Ninguem entende meu sofrer profundo,
	E rio quando chora a demais gente.
	Vivo alheio de todos e de tudo,
	Mais callado que o esquife, a Morte e as lousas,
	Selvagem, solitario, inerte e mudo,
	--Passividade estupida das Cousas.
	Fechei, de ha muito, o livro do Passado
	Sinto em mim o despreso do Futuro,
	E vivo só commigo, amortalhado
	N'um egoismo barbaro e escuro.
Os bosques para mim são como catedraes,
	Com organs a ulular, incutindo pavor...
	E os nossos corações, - jazidas sepulcraes,
	De profundis também soluçam, n'um clamor.
	Odeio do oceano as iras e os tumultos,
	Que retratam minh'alma! O riso singular
	E o amargo do infeliz, misto de pranto e insultos,
	É um riso semelhante ao do soturno mar.
	Ai! como eu te amaria, ó Noite, caso tu
	Pudesses alijar a luz que te constéia,
	Porque eu procuro o Nada , o Tenebroso, o Nu!
Os pastores de Virgílio tocavam avenas e outras cousas
E cantavam de amor literariamente.
(Depois — eu nunca li Virgílio.