*Elegia*
Autor: António Nobre on Thursday, 15 November 2012Vae em seis mezes que deixei a minha terra
E tu ficaste lá, mettida n'uma serra,
Boa velhinha! que eras mais uma criança...
Mas, tão longe de ti, n'este Payz de França,
Onde mal viste, então, que eu viesse parar,
Vejo-te, quanta vez! por esta sala a andar...
Bates. Entreabres de mansinho a minha porta.
Virás tratar de mim, ainda depois de morta?
Vens de tão longe! E fazes, só, essa jornada!
Ajuda-te o bordão que te empresta uma fada.
Altas horas, emquanto o bom coveiro dorme,