Geral

Juras de Saudade

Quando eu era menino,
jurava por Deus
que nada daquilo fora eu que tinha feito,
quando eu me julgara crescido,
jurava que ninguém ou nada
tinha — nem me dava — jeito

acabei jurado de amor
quis eu então abraçar o mundo inteiro
e agora, pelos muitos anos que anseio,
pois a idade me põe em desvantagem,
faço juras mais que de amor,
faço juras de saudade.

 

UM LIVRO DE CRÓNICAS E MEMÓRIAS

UM LIVRO DE CRÓNICAS E MEMÓRIAS

Recebi o convite para a sua apresentação na Moagem do Fundão, mas por força de uma doença que me atormenta há meses não pude estar presente como tanto desejaria, em particular tratando-se de um evento cultural relacionado com literatura.

UM CIDADÃO DE CORPO INTEIRO

UM CIDADÃO DE CORPO INTEIRO

Parente e Amigo de longa data, sempre presente desde a minha infância. A Mãe, uma Bismulense, Natividade dos Anjos Valente, apaixonou-se por Domingos Mateus, natural da Redondinha (Cerdeira do Côa), e ali constituíram família.

O seu filho, António Valente, com muitos familiares na Bismula (Sabugal), ali se deslocava e desloca, à terra natal da sua Mãe, ali vai matar saudades e recordar familiares e amigos.

Abecedário

 

Ave. Planando , rezando, saudando.

Banana. Das repúblicas, da Chica, da minha fome de manhã depois do amor.

Camelo. Nunca vi.  Acho que vi na NatGeo

Dromedário. Já pensou se nem camelo eu vi.

Edifícios.  Assim no plural e todos seus segredos e encantos.

Faca.  Covarde, aguda, sibilante, nem sempre amolada, mas sempre pronta.

Galileu. Gravidade, inquisição.

H de nada. Mudo de agá.

Iris cor de mel dos olhos do meu amor.

Picolé de jaca nas equinas de casa amarela, ali perto do Albatroz, que já não passa mais   filmes.

QUOTIDIANOS – 7º CAPÍTULO

QUOTIDIANOS – 7º CAPÍTULO

Duas visitas inesperadas de dois Irmãos Escuteiros – António Bento Duarte e António Alçada. É bom recebermos na nossa casa pessoas que se interessam pela nossa saúde, nos proporcionam bem-estar, nos transmitem confiança num amanhã sempre melhor.

QUOTIDIANOS – 6º CAPÍTULO

QUOTIDIANOS – 6º CAPÍTULO

Conversa a três, dois ex-políticos e um aposentado, sobre sexualidade, esse bem da humanidade. Sem sexo, não há vida. Um dos intervenientes diz “que enquanto há língua e dedo, não há mulher que lhe meta medo.” O outro conta a história de um famoso político já falecido, que manifestou uma grande satisfação com a descoberta do viagra: “a maior invenção a seguir à roda”. O terceiro, ouvia e ria-se…ria-se.

QUOTIDIANOS – 5º CAPÍTULO

QUOTIDIANOS – 5º CAPÍTULO

Regresso ao Fundão, esperando uma situação definitiva. O nosso companheiro de viagem, numa frangalhada em Condeixa-a-Nova, afirma: “já se nota que o Fundão está no bom caminho, mas ainda tem que ultrapassar os “centralismos”; falam muito no interior, mas na hora da verdade roem a corda e não conhecem estas paisagens”.

O CAMPO DAS CEBOLAS

O CAMPO DAS CEBOLAS

 O ano de 1967 estava a dar os primeiros passos, quando recebi a notificação para me apresentar na EPI (Escola Prática de Infantaria) em Mafra, com guia de marcha e guias de transporte. Começava a fazer o meu trabalho de serviço militar obrigatório, como tantos milhares de jovens.

Julgo

Quem terás um julgo maior que o meu?
Quem me julgas todos dias ímpares,se não eu?!

Porque me pesa os pesares, porque diabos devido as circunstâncias não tenho dias pares?

Porque a mim me questiono como se eu fosse uma maldita esfinge?
Nem se quer conheço o Egito,nunca conhecerei .
Esfinge que se aflige , que se finge

Carrego todas as dores do mundo!
Ah claro que não!!
Não existe dores quando não se é o mundo
Quando pisa o raso e não o fundo.

Um dia em Praga

Um dia em Praga

Veja se ao que é verdadeiro,desvie a nevoa de sua cabeça

seja eu,seja voce ao menos uma vez

um inteiro.

 

O sonho da vida ao escandalo da morte

Réquiem de uma lembrança dos dia elubriantes

de sorte.

Em dias que me falta o coração,me farda em desconstrução,em nada assossego,nem cousa alguma,nem ego

se não sua voz de passarinho que sabe se la me apego.

 

Calos que beijam o asfalto/em numeros iguais rolam os dados,

Sem armas ou palavras, não somos nem soladados.

 

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