Geral

NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA (AO CORRETOR ORTOGRÁFICO)

O meu verso sem beleza

Rudemente aqui se cria

Para alguns tem serventia

Para mim, sim, com certeza

Pois posso, por gentileza

Agradecer ao favor

Que presta o “corretor”

Para a “LÍNGUA PORTUGUESA”

-

Por isso o convido à mesa

Para sentar junto a mim

E o meu português ruim

Seja no seu prato, a presa

Feita na palavra acesa

Tal fogo que purifica

O erro que sacrifica

Nossa LÍNGUA PORTUGUESA.

 

Sérgio da Silva Teixeira BAGÉ/RS/BRASIL.

Minha mente

Minha mente é um quadrado
para este mundo desgovernado
que não tem pena
em fazer de seus trilhos soltos
pés cansados, caminhar

Minha mente é uma querença
que pensa quase sempre o bem
espera em Deus a justiça
dos males contrariar

Minha mente desconfiada
pensamentos apenados e gritantes
difíceis, nem tanto em decifrar

Minha mente
terrível aprisionamento
Isso que escrevo
e tanto sentimento
que arde no peito
difícil de relatar

Ainda esperança

Eu sou pequeno como meu paladar
desmembro meu gosto angustiante
degustando pequenas
doses diárias de pão e fé
desconheço ainda
os sabores que a vida tem
eu sou o expectador desautorizado
a propagar esperança
minhas emoções são terceirizadas ao acaso
não quero asas , nem a companhia da passarada
porque meu brilho foi furtado
em vez de asas me presentearam com fardas
mandaram escolher dentre muitos combates, lutar

Mágoa

A mágoa despreza a simpatia,
onde só há desgraça e rispidez,
o mundo do caos tornar-se-ia
o local onde os fracos não têm vez.

Ansiedade, dor e idolatria
resume toda a forte liquidez,
o homem então se cobriria
se adornado à voz da sensatez:

O amor já é inútil nessa via,
talvez pense que é estupidez,
e se nem isso você me confia
a mágoa não lhe será cortês.
  

Pedra

Um menino lança a pedra n’água,
donde quica mil vezes no rio,
cada batida rasga com o vento
a vida da pedra e su’alma.

O quique é um passar de hora,
longínqua hora e minutos,
tempo entendiando o menino,
mas que afunda a pedra agora.

A noite fria se aproxima,
e o rio escuro reflete a lua,
o garoto deixa a cena
e a pedra, não mais se via.

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