Intervenção

Subsidio de esperança

Uma longa fila de espera,
como as unhas engano a morte,
perdi o corpo nessa dança
numa repartição que não reparte.

Vou pedir um subsidio de esperança
pode ser que tenha sorte
e voltar de novo  à primavera!

Estou à espera de ser rico,
e rico é ter um pouco mais que nada
mais pobre de certeza não fico

pois sem subsido e sem esperanças
só me restam  a tristeza e a morada
para receber as cartas das finanças!

RIP Sentido Supremo

Tudo me leva a crer que seguimos cegos em direcção a um abismo por nós mesmo erigido, cada dia fazendo'se maior, mais alto e imponente; graças às "camadas" de "pseudo" princípios, falsos ideais, sonhos e desmedidas ambições que vamos amontoando enquanto sociedade, e seres humanos. E quanto mais para o alto construímos este abismo, mais escalamos até ao cimo. Maior será a queda, se ou quando cairmos.

Sete pecados mortais

Persisto e não desisto
completo esta etapa formal
resisto, duro e crítico
num mundo real.
Secreto, muro da divisão
segredo, puro da conscielização
anónimo da associação
por quem morre de coração
uma adjectivação
numa frase com complementos
uma metáfora perdida
junta com os 4 elementos
o vento leva a inveja
a água lava a gula
a terra consome a vaidade
o fogo arde a lúxuria
numa junção
dos 7 pecados mortais .
Na perguiça do povo .

Noutro lado qualquer

Ao lado, num lado qualquer....

Na mesa de pratos alinhados, ao centro da sala encoberta dos raios do sol teimoso deste outono tímido, ainda com cheiro a verão, quatro cadeiras vazias esperam serventia sob a sombra de amplos cortinados amarelo Alentejo, magestosamente pendidos,  ocultando as paredes seculares de taipa caiada .

ACROSTICO DE UNIVERSO

POEMA MOSAICO

 

Meu subjetivo é alcançar perto

Chegar rente

Perto é lugar de quase

Rente é alcançar de repente

O improviso

O olhar em imprevistos

Meu objetivo é desenhar nas paredes

Linhas que voem delas

Linhas que vão

Com o cânhamo queimado

Abstratos de não querer

Absortas em não pragmatismo

Não violência em discordar

A cor da dissonância

Era ocre era outra

Quase não ia investigar incertezas

O som do encontrar longe

Era ocre era Acre

De que vale um poema escrever

"De que vale um poema escrever
a expor todos os sentimentos,
se só nos o iremos ler
E por breves momentos"

Todos os jovens poetas
Se continuarão a questionar assim.
O importante é manter as metas
E não deixar que a sua escrita tenha fim.

Envelhecer é fundamental
Para que veja ainda quem não assistiu
Que o escritor profissional
É o amador que não desistiu!

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