A pena
Autor: Kira on Monday, 10 February 2014E quando achas que não vale, alguém faz valer. De gestos a palavras, tudo tem a sua importância.
E quando achas que não vale, alguém faz valer. De gestos a palavras, tudo tem a sua importância.
Uma longa fila de espera,
como as unhas engano a morte,
perdi o corpo nessa dança
numa repartição que não reparte.
Vou pedir um subsidio de esperança
pode ser que tenha sorte
e voltar de novo à primavera!
Estou à espera de ser rico,
e rico é ter um pouco mais que nada
mais pobre de certeza não fico
pois sem subsido e sem esperanças
só me restam a tristeza e a morada
para receber as cartas das finanças!
Tudo me leva a crer que seguimos cegos em direcção a um abismo por nós mesmo erigido, cada dia fazendo'se maior, mais alto e imponente; graças às "camadas" de "pseudo" princípios, falsos ideais, sonhos e desmedidas ambições que vamos amontoando enquanto sociedade, e seres humanos. E quanto mais para o alto construímos este abismo, mais escalamos até ao cimo. Maior será a queda, se ou quando cairmos.
Persisto e não desisto
completo esta etapa formal
resisto, duro e crítico
num mundo real.
Secreto, muro da divisão
segredo, puro da conscielização
anónimo da associação
por quem morre de coração
uma adjectivação
numa frase com complementos
uma metáfora perdida
junta com os 4 elementos
o vento leva a inveja
a água lava a gula
a terra consome a vaidade
o fogo arde a lúxuria
numa junção
dos 7 pecados mortais .
Na perguiça do povo .
Ao lado, num lado qualquer....
Na mesa de pratos alinhados, ao centro da sala encoberta dos raios do sol teimoso deste outono tímido, ainda com cheiro a verão, quatro cadeiras vazias esperam serventia sob a sombra de amplos cortinados amarelo Alentejo, magestosamente pendidos, ocultando as paredes seculares de taipa caiada .
POEMA MOSAICO
Meu subjetivo é alcançar perto
Chegar rente
Perto é lugar de quase
Rente é alcançar de repente
O improviso
O olhar em imprevistos
Meu objetivo é desenhar nas paredes
Linhas que voem delas
Linhas que vão
Com o cânhamo queimado
Abstratos de não querer
Absortas em não pragmatismo
Não violência em discordar
A cor da dissonância
Era ocre era outra
Quase não ia investigar incertezas
O som do encontrar longe
Era ocre era Acre
"De que vale um poema escrever
a expor todos os sentimentos,
se só nos o iremos ler
E por breves momentos"
Todos os jovens poetas
Se continuarão a questionar assim.
O importante é manter as metas
E não deixar que a sua escrita tenha fim.
Envelhecer é fundamental
Para que veja ainda quem não assistiu
Que o escritor profissional
É o amador que não desistiu!