HARMONIA CELESTE
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 16 March 2014
Vem de ti, quando erras pelo areal
A longe teu palácio de cristal
Olhando, toda a candura infinita,
O orvalho que dos olhos do eremita
Fulgura numa manhã radiante.
E, como se isso não fosse o bastante,
Vem de ti as alvas pombas do céu,
Dos campos lautos o fagueiro mel,
Os anjinhos que brincam no ribeiro;
O teu olhar casto é um celeiro,
Onde se encontra da vida o tesoiro,
Onde resplendem os sonhos vindoiros.
Teu perfume na corbelha de flores
Causa no seio intensos amores.