Chuva
Autor: Duarte Almeida Jorge on Sunday, 12 July 2015Tu és fogo, e eu sou água.
Juntos não podemos ser mais do que uma constante evaporação.
Uma evaporação que atinge o seu clímax na triste ironia de renascer em lágrimas.
Tu és fogo, e eu sou água.
Juntos não podemos ser mais do que uma constante evaporação.
Uma evaporação que atinge o seu clímax na triste ironia de renascer em lágrimas.
Voo sem retorno
À tona d' água da ribeira límpida,
Esvoaça imprudente, a libelinha.
Asas de fina seda, de cor lívida,
Voa direta à teia...na folhinha.
E vê-se a delicada libelinha
Presa à teia ! Luta inútil, inglória.
E logo a astuta aranha adivinha,
Refeição garantida ...e vitória.
Chorai ó gente tão precoce morte
Deste belo ser, que embelezou
E deixou as asas...que a mim doou.
E seguiu a natureza sua sorte,
Ignorando o drama da pobrezinha !
É madrugada...
As ondas invadem as calçadas
São tão intensas
Não pedem licença
Nudez
Eu vou despir...
Nesse cair...
Falar de suas
folhas no chão.
Ventos, por entre
os galhos,
sibilam
intensos assobios.
Solícito sermão:
Eu sempre sou...
No outono, no inverno,
na primavera e no verão.
Sérgio Accioly
visitem meu blog: http://canto-e.blogspot.com.br/
Cresci a respirar do teu ar,
ar esse que me faz vibrar,
a cada Primavera que chega