Pensamento

Na Lua, Na Noite E No Espírito

Olho pro céu quando o céu faz uma cara limpa
E noto, daqui do planeta, 
Muitas vias...
Muitos infinitos. 
 
Olho pra lua e não posso recusar
Quando a lua tem esse brilho elevado
Eu não consigo parar de olhar...
(Na lua é que tem paz, não tem dinheiro, 
Na lua não tem coleira e não tem cordeiro.)
 
Não sei se a chave pertence ao andar
Ou se está na saída que eu nunca acho...

Verso Controverso

Fecho a linha do dia com uma oração vazia:
— Não há nada para ser escrito por fora do meu dia!
Depois apanho um livro e descubro algumas palavras. 
Sei lá, minha alma pede, meu corpo cede, os dígitos seguem. 
 
Meus versos me levaram ao local controverso do qual
Nem sei dizer mais qual é, ou se existe, e como é!... 
Fecho a pia com agonia e com esta fração de sangria:
— Não há nada para ser vivido que já não tenha sido escrito.

O Homem Robô.

Nos dias de hoje,
O homem depende da imagem pública.
Depende do avião... 
Depende da maleta...
(Depende do fato de não ter um coração.)
 
Nos dias de hoje,
O homem depende da televisão.
Depende da gravata...
E do seu script digital. 
Depende do cartão de crédito.
Da comunicação.
E também da sua imagem pessoal. 
(Uau!)
 
Nos dias de hoje,

A Boca É Um Edifício Pra Quem Sabe Utilizar!

Ninguém é perfeito
Fazemos todos parte 
De um imenso lote 
De produtos com defeito. 
Há quem desconheça a vida!
Há muita pureza nas crianças... 
Há muitas crianças vivendo na ferida... 
As palavras valem muito,
Mas as atitudes é que irão provar
E encontrar a saída!
Voar. Voar... Voar...
A boca é um edifício pra quem sabe utilizar!
 
15 . 01 . 2014

Não Quero Que Entenda.

Só de lembrar o que anda me acontecendo
Já me vem um gosto de Whisky barato na boca
Numa sintonia liberta de moça bem louca.
 
Faça uma oração e diga que me ama...
Se fará necessária uma pressa de gincana!
Diga que a vida é viva, 
Grite que a vida é linda
E ela lhe dará em troca 
Surpresas cristalinas!
 
Minha boneca, moça boneca, rica instintiva!
Olha, posso dizer, posso dizer

A minha ferramenta

Eu pego na minha ferramenta, o meu lápis ou caneta. Escrevo ou risco, como melhor se assenta. Na folha branca que carece de tinta, onde o tema se assemelha; à não, violência no Mundo. Mesmo naqueles dias tempestuosos, sem vontade; da minha liberdade se exprimir em pensamento. Gasto tinta que tenta embelezar as amargas acções; desumano e monstruoso. Desenho balas fictícias. Não mancho as minhas mãos; de sangue real. Eu pego na minha ferramenta, a minha arma; o meu lápis ou a minha simples caneta.

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