Prosa Poética
De volta ao teu lugar
Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 8 September 2015
Hora pra sonhar
Hora de retorno ao teu lugar
Hora de reescrever todas as
sílabas em versão poética
entoando nossos hinos comemorando
cada exacerbado adeus
cada gomo de saudade nos meus
silêncios quase interditos a ti
e onde
sorrateiramente me escondo encastrado
entre beijos e abraços gerados
Lamento
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 6 September 2015
Lamento por essa onda que vai morrendo
devagar
por entre outras ondas do mesmo mar
Lamento que de depois da vida
a vida agora toda ela
se escoa numa onda
rasgando minhas maresias
quando tombo todo eu
a teu estibordo
e de mansinho me banhes
com estrondos e silêncios
Por fim a cura...
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 2 September 2015
Dos males que a vida, por vezes
impotente devora em meu corpo
resta somente buscar na enfermidade
do tempo
a cura possível
sem mais padecimentos
nesta epidemia onde enfermo
o corpo regurgita em cada segundo
deprimidos risos
escondidos numa célula
que prolifera nesta química activa
Ecos em comunhão
Autor: Frederico De Castro on Monday, 31 August 2015
Ver-te neste sonho iluminado
é sentir a luz que reentra pela fresta
dos ecos quase impalpáveis
clareando aqueles dias originais
unindo-nos numa combustão
fraterna…quase Divinal
É a fome de minha’alma percorrendo
todas as artérias em coesão
rumo às alegrias que por lá
deixámos em comunhão
Pelos atalhos do tempo
Autor: Frederico De Castro on Friday, 28 August 2015
Cambaleei dobrando todos
os atalhos do mundo
levando meu corpo empanturrado
com dores e despertares
atentos ao cansaço da vida
que nos foge em vertigens
sem alaridos nem desalentos
mas purificando aquelas promessas
transitando dia a dia em ondas
fisionómicamente bafejadas de amor
Cartografia de uma lágrima
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 26 August 2015
Amigo sejas meu
em todas as horas
que me sustentas nas tuas existências
Que me fazes nunca chorar
pois comigo padeces
elaborando a cartografia
de minhas lágrimas sofridas
em rimas e maresias saudadas
em teus mares onde navego de mansinho
num manto de palavras
que arquivo em cada onda
Galgando a imaginação
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 22 August 2015
Filmei esta poesia em raras
lembranças que se apressam
na viagem do tempo
galgando todas as adversidades
vencendo todos os medos
que desencorajamos
em sonhos e cumplicidades
– Buscamos na imaginação
nossas efemérides vestidas
na itinerância de tantas primaveras
onde adormeço minhas atónitas
Passam os anos...
Autor: Machado on Monday, 17 August 2015Num dia de verão...
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 15 August 2015
Já nem sei mais encobrir
o delicado e esbelto verso meu
mil vezes repetido,
tantas vezes ousado
à tua espreita, sorrateiro
tantas vezes tatuado no dorso
nesta manhã predileta
mendigada
em dois corações conversos
desesperadamente felizes e audazes