Prosa Poética
desertos
Autor: Pericles Moreir... on Thursday, 27 October 2022
Santos Dumont
Autor: Pericles Moreir... on Thursday, 27 October 2022
andanças suburbanas
Autor: Pericles Moreir... on Wednesday, 26 October 2022
ANDANÇAS SUBURBANAS
Luiz Silva
(...)
Sessenta e nove chegou,
Nos mudamos novamente,
Para o bairro Bela vista
(Guardo tudo aqui na mente),
A casa na Humberto Monte,
Érico Mota de frente.
(...)
Foi numa noite de julho
Que Papai nos avisou:
"Vou à casa de um amigo
Ver o que se anunciou -
O homem vai chegar à Lua!"
Papai foi, não me levou!
Na época estava no auge
um quarto de tempo
Autor: Pericles Moreir... on Wednesday, 26 October 2022
Um quarto de tempo
Uma porta de madeira maciça flutua entre meu quarto e a cidade
Sobre o vão vejo a ponte, ponte que divide meu quarto e a cidade
Quatro grandes dobradiças de bronze move a porta
Uma faz som de dor outra de amor as outra duas se dobram apenas
Prefiro fechá-la e fugir do tumulto desta cidade furtiva
A porta me trava como um cofre, mesmo assim esculto um som distante de um carro que corre alucinado seu som varre quilômetros
o mar no feriado
Autor: Pericles Moreir... on Wednesday, 26 October 2022
O mar no feriado
O Mar grande democrático é compartilhado por pessoas e peixes
Não nos deixa sem panorama, muito espaço para lançar o olhar
Essa linha do horizonte me chama, parece teste de visão
sol e mar e meus olhos salgados em vermelhos vinhos e lagar
As pessoas correm seminuas aproveitando o tempo do feriado
correm e brincam, essa sensação que as águas são minhas
e que nunca vão secar perpetua a vida.
No pasto dos meus silêncios
Autor: Frederico De Castro on Monday, 17 October 2022Tudo passa...até o tempo!
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 12 October 2022
Tudo passa…até o tempo por uma fresta de solidões inesgotáveis
Quando entardece dentro da alma o silêncio fenece absurdamente degradável
Assim se dessdenta a alma ao lavar-se no odre de cada prece lastimável
Tudo passa…até o tempo esquartejado por trilhões de segundos deploráveis
Palavras ardentes são a sequela das desilusões amarguradas e recicláveis
Desagua dos céus um aguaceiro de ecos atónitos e inconsoláveis
Clima frio
Autor: Reirazinho on Thursday, 22 September 2022O clima de chuva apazígua a tristeza. Ironicamente, já que o céu cinzento transborda melancolia. A frieza da tarde apetece-me a poesia. Sinto as várzeas da rotina exaurindo nos galhos molhados e nas folhagens quebradas. Rasgo um verso e outro, reciclo no coração a sensação mais afável. Todo o lixo vai a um lugar; chamo-o de poema.
Dia de Santo
Autor: Arlete Klens on Sunday, 18 September 2022Dia de todas Maria


