A Um Mestre Sala Morto
Autor: ADEMIR LEÃO on Friday, 10 May 2013A um Mestre-Sala Morto
A avenida agora está enormemente vazia e silenciosa
Refletores apagados. No chão, apenas alguns confetes
Olham silenciosas almas de pierrots, arlequins,valetes
E a descolorida bandeira que ontem tremulava graciosa.
O samba-enredo revelou-se pobre, perdeu a harmonia
De tanto, conseguiu fazer dolentemente calado o surdo
E o reco-reco, o tamborim e a cuíca – um naipe mudo
De há muito que estão sós e nus – perderam a fantasia.