Tristeza

Perdido em nuvens (Parte II)

Foram-se os conhecidos
os amigos, e a familia
A que não só me acolhia
mas assim o escolhia

E minha terra
que tens pisado o meu passado
teu sol(o) me enterra
quando deixar de ser cruzado

Às vezes 'tou tão "bad"
quase a ficar tombado
e ouço o som do nosso rap
misturado com o nosso fado

O que eu não dava agora
por um arroz de pato
Eu tenho coração de cão
embora tenha rosto de gato

Imagino a 'Liza'
vista do miradouro
Olho com o tique de midas
vira a 'Liza' d'ouro

Perdido em nuvens (Parte I)

Ando azarado
após ter lançado o dado
ter ganhado e sem pensar
passado a oportunidade.

Sem ser sensato
foi tudo sem querer
Já 'tou tão cansado
só 'tou sentado a ver.

Pensas que é "a lagarde"
mas não tem nada a ver
Pensas que és o Super-Homem
como, sem "H" de haver?

Só 'pa Inglês ver, a capa
como um "K" há-de ser
Também o "S" no peito
e esse 'griffe' do avesso.

Às vezes
é como se o mundo podesse ter
e troco tudo por um peito
e um "ass" 'co fio a ver-se.

Dias perdidos

Em mim os dias se perderam

Quimeras encontradas em sinuosos caminhos de dor

E de mim me perdi e esta sã loucura me invadiu

Da aurora que me amanhecia

A vida em mim insana vivia,

Perdi o caminho que os meus pés trilhavam

Na incessante busca de nunca me perder

Mas o sonho de breu carregado me cobriu

Coloriu a minha alma de perdição

E o verde esperança em mim brotou

Nas brumas do meu ser floriu

O meu olhar procura o caminho que me acossa

A vida reclama-me cheia de esplendor

A voz do silêncio

A voz do silêncio

As aves do mar brincam na areia da minha praia deserta e escuto o triunfo do silêncio.

O azul do mar invade o meu pensamento, as ilusões apagam-se, tudo está no seu lugar e o meu mundo de silêncio tudo invade.

Tudo acaba para voltar a recomeçar, o ar envolve o tempo e o mar prolonga o silêncio da minha voz, sinto apenas a minha respiração.

As minhas palavras estão cansadas e o meu olhar procura a ternura de outros tempos.

A Queda de Narciso

O esporo da beleza soprado em sua face

Foi levado pelo vento que o mesmo trouxe.

As luxuosas vestes que coroavam seus caminhos

O deixaram nu por dentro.

Desolado, entrou em seu casco inútil

Mantendo o sorriso dos que mereciam.

Foi levado por Morfeu

Para o pior de seus castigos:

Conhecer seus próprios sonhos.

 

Não era o seu fim

PRESO NO PASSADO

PRESO NO PASSADO:
 O QUE TEM DE ERRADO COMIGO
 QUE NEM POSSO SER SEU ABRIGO
 NAO POSSO TE AJUDAR
 A SUPERAR
 O SEU AMOR PASSADO
 SE VOCE ESTA ACABADO
 POR QUE INSISTIR
 EM NAO GOSTAR DE MIM
 POSSO SER UMA PESSOA LEGAL
 SO MELHORAR O ASTRAL
 SO ME DAR UMA CHANÇE
 DE FAZER A DIFERENÇA NA SUA VIDA
 QUE ESTA TODA DESTRUIDA
 POR CAUSA DO SEU AMOR PASSADO 
 ESTA SE SENTINDO MAGOADO

Mensagem dentro de uma garrafa

Dentro de mim é um mar de águas calmas,

Que só revelam agora os destroços dos navios que naufragaram na tempestade de ontem.

 

Fechou meus olhos e vejo a maré baixar.

Mais naus destruídas aparecem,

De anos passados

Encobertas por um mar límpido.

 

Os destroços pontiagudos

Eram de uma boa nação

Que investiu em novas descobertas

E nada descobriu senão a ruína de sua volúpia

De tudo querer descobrir.

 

Eis meu Mar de Camões

Cujo sal é das lágrimas

Não de Portugal

No eco da desolação

No eco da desolação

 

Por uma intolerância

Em um país esquecido

Sobra ignorância

Jovens e crianças sonho consumido

Labaredas de fogo limpa a terra

Grandes em potencial

Artifícios de guerra

Não cura as feridas e nem sara

O mal

Refugiados longe de sua terra

Em cada estouro, se não for químico.

Ainda ha sorte

Sofrimento é apenas o estagio

Morte

Trabalho apenas sua ambição

Absoluto interesse dinheiro

Poder

Não ha humanidade

Amor, coração

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