Tristeza

FALSIDADE

QUANTAS PROMESSAS FEITAS,QUANTAS...

PALAVRAS TERNAS,DOCES,CARINHOSAS,

PROMETESTE-ME UM JARDIM DE ROSAS,

AI TANTAS FOLHAS MORTAS,TANTAS...

 

TOLO CORAÇAO QUE AINDA LEVANTAS

DOS ESCOMBROS,ESPERANÇAS RADIOSAS...

PARA QUE? SAO FALSAS; MENTIROSAS,

AS PALAVRAS COM QUE ILUDES E ENCANTAS !

 

JA NAO TE LEMBRAS DAS JURAS QUE FIZES-TE,

DOS ABRAÇOS,DOS BEIJOS QUE ME DESTE,

VERDADES OU MENTIRAS? NAO IMPORTA !...

 

SINTO QUE TAMBEM JA TE ESQUECI,

E AGORA É COMO SE DE TI

ADEUS

DISSESTE-ME ADEUS E PARTIS-TE,

E AO PARTIRES

DEIXASTE-ME OS GESTOS SUSPENSOS NA

PONTA DOS DEDOS

DEIXASTE-ME AS PALAVRAS FECHADAS

NA VOZ DO SILENCIO

DEIXASTE-ME NA BOCA UM BEIJO ADIADO,

DEIXASTE-ME UMA PORTA FECHADA,

UMA FERIDA ABERTA

DEIXASTE-ME NO CORPO O FRIO DE DEZEMBRO,

E UM POEMA A ESPERA

DE UMA RIMA INCOMPLETA...

 

DISSESTE-ME ADEUS E PARTIS-TE,

E AO PARTIRES,

LEVASTE CONTIGO O ONTEM,O AGORA E O DEPOIS,

LEVASTE A ESPERANÇA,OS SONHOS,

O RISO,

Perda...

Perda....*

Tão rápida.Tão inusitada...

Que a perda se torna surpresa

Sem amenizar a dor que vem com certeza .

 

Calada em meio as brumas da noite 

Nos caminhos errantes de um  viver distante

Fico isolada vendo o partir inconstante 

 

Sem urgência, me levanto ...

Observo o horizonte adormecido

No qual, o Sol deveria ressurgir no calor do meu pranto.

 

Sem demora...Agora!

Que a perda já não é  surpresa

Entro na noite silenciosa...

Com o gosto amargo da minha tristeza.

Indifference - As much Makes! -Indiferença -Tanto Faz!

 

Se a esquina chora...

Se a rua morreu solitária

Se a flor perdeu os passos dos pólens

Se o sol é suicida

Se o mar é masoquista

Indifference - As much Makes!...

Tanto faz!

A lei do novo império
que deixou de ser romano

Escrevo-te



Escrevo-te porque te sinto. Porque o desejo é imenso.

Escrevo-te porque não te esqueço. Continuas entranhado no meu ser! Fervilhas dentro de mim.

Escrevo-te porque estás vivo. Presente. Por muito que queiras estar ausente.

Partiste com intenção de esquecer. De deixar de existir. De morrer.

Não conseguiste!

Vives na minha alma. No meu corpo. Na minha pele… vives! Jamais vais morrer…

Enquanto eu viver!

O Meu Soneto

Em atitudes e em ritmos fleumáticos,
Erguendo as mãos em gestos recolhidos,
Todos brocados fúlgidos, hieráticos,
Em ti andam bailando os meus sentidos...

E os meus olhos serenos, enigmáticos
Meninos que na estrada andam perdidos,
Dolorosos, tristíssimos, extáticos,
São letras de poemas nunca lidos...

As magnólias abertas dos meus dedos
São mistérios, são filtros, são enredos
Que pecados d´amor trazem de rastros...

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