bem junto

Porque será que queremos bem junto de nós aquilo que nos satisfaz?

 

Porque assim somos felizes?

Será que toda a gente o faz?

Que a luz mantenha as suas matizes!

Queremos?

Bem: sustentos, o maior assunto!

Junto,

De punho no que escrevemos!

Nós!

Aquilo que somos sós!

Que é assim que nos torna capaz!

Nos piores momentos:

Satisfaz

 

Porque a luz tem as suas matizes:

Queremos!

Momentos!

Em que somos felizes:

Sustentos?

Toda a gente o faz!

Quando Ninguém Mais Te Vê

Sentado na calçada,

Reconheço todos que passam.

Alguns nunca voltam,

Outros estão muito animados,

Muitos, nervosos ou impassíveis,

Todos me são familiares.

Nas suas costumeiras idas e vindas,

Às vezes me jogam uma moeda,

E nem percebem,

Muito menos me reconhecem.

A cidade, de novo, é pequena,

Fui embora, mas voltei,

Depois de alguns meses.

Nem minha filha — nem minha esposa

Sabe que quem está ali, à paisana,

É aquele por quem elas muito procuram.

Aliás, não procuram por mim,

vínculo

Será mesmo necessário sentirmo-nos vinculados a um restrito sentido nesta vida terrena?

 

Será a nossa estrada serena?

Mesmo como está escrito!

Necessário,

Sentirmo-nos!

Vinculados?

A este modo ordinário?

Um dia de tons amarelados!

Restrito:

Sentido?

Nesta sina singirmo-nos:

Vida,

Terrena!

 

Será como está escrito?

Sentirmo-nos!

Estrada de modo ordinário,

Vinculados!

Um dia: restrito!

Vida?

Como estrada serena,

Dia necessário!

Além Da Eternidade

Sei que o meu Senhor em breve ira voltar

Nas nuvens com ele vou encontrar

Eu vou voar, vou voar além da eternidade.

Um novo mundo eu vou conhecer

Com o senhor para sempre vou viver

Vou morar numa linda cidade

 

Você que sonhou com uma morada bonita

E ainda nessa vida

Não conseguiu construir

O senhor tem Lá na cidade de ouro

Uma morada guardada para ti

Olhe para o alto e adore o Senhor

Tenha certeza que um dia ele vai vir

 

Nas nuvens ele vai aparecer

E vai se lembrar de você

Vida

Serenamente perdi o sonho
O caminho que buscava,
Em névoa profunda se desfez
E o sonho que palmilhava na missão do meu ser
Transpôs em mim a imunda fé
Que em mim semeia passos de vida por viver
E esmorecendo o sopro que me anima,
Amargamente perdi a esperança

Neto

As estrelas inebriantemente cintilam no firmamento
O teu sorriso seduz-me,
Um devaneio que anseio viver
Tocar teu corpo tão pequenino e inocente
E ver-te crescer como uma flor,
E as lembranças jamais apagadas dos que amo
Me buscam o caminho a percorrer
E assim o arfar dos fiéis animais,

Filho

Abençoado espinho que me crava de dor imunda,
Que me afunda mas revejo o sorriso que apraz o seu olhar
Inocente e profundo que abafa em si a flor que irradiará vida.
Na tua cândida forma de ser,
Revesti em profundo perder do que mais ambicionas encontrar,
Em solidão, amargamente encontrando o meu olhar.

Mãe

Queria fazer-te o mais belo poema de amor
Pois sem o teu sorriso a vida não me abraça
Estás presa no meu coração e jamais partirás,
Apenas a tua delicada mão para mim estendida
Imaculadamente a pedires-me o teu perdão.
Nunca de mim partirás, apenas o rosto da morte de ti me separou,

Solidão

Serena a solidão em mim, esta emoção tão sentida
Ansiosamente renascendo, tal como fénix
Das cinzas reencontro a vida que me persegue
Que eternamente me espera nas inesperadas encruzilhadas,
Abençoando-me sem pudor, perco-me nas memórias que pairam
E me invadem, sempre reclamando por ti
E esta solidão tão fugaz e efémera,

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