Azenha Derrubada
Autor: Miguel António ... on Friday, 3 February 2017Azenha derrubada
No meio do pinhal perto da azenha derrubada, paro e sinto o suor do meu corpo, tiro a camisa e deito-me debaixo de uma azinheira.
Azenha derrubada
No meio do pinhal perto da azenha derrubada, paro e sinto o suor do meu corpo, tiro a camisa e deito-me debaixo de uma azinheira.
transladaria as palestras para o lugar onde os garimpeiros aniquilam a liberdade se o frémito da riqueza derivasse para uma aceção que excedesse os antagonismos.
guardei as façanhas dentro dos copos que vou tirando de prateleiras reforçadas.
as palavras que o sol vitima nas querelas e falácias rotineiras.
os danos que a indulgência transporta para o lado da sensaboria.
um poeta brusco escava brechas por onde repuxa a liberdade.
neste mundo sombreado relevo as palmas oprimidas pelo acinte e pela inveja.
as cócegas triviais das fantochadas solidárias.
há poemas e cansaços numa mescla projetada em angústias renovadas.
o vitupério alonga-se até à praia dos costumes onde desfalece sem ressonância.
sustento uma esdrúxula amizade num comboio que não chega a partir.
agito clavas na vizinhança duma terminologia façanhuda.
Quando te amei pela primeira vez
Te amei como quem ama as madrugadas.
Era um fogo intenso, que nos consumia.
Nossos corpos entrelaçados viviam.
E ao amanhecer com um beijo se despediam.
Desejosos de que um novo anoitecer existisse e a madrugada os consumisse.
Quando te amei pela segunda vez.
Te amei como o sol que aquece a terra.
E te envolvi com meus Beijos
Tua pele era brasa e procurava meu ninho.
E te amei, como se o dia fosse permanecer eternamente, mergulhado em carinhos.