O morto, o louco!

Um homem sem imaginação,

É um homem morto;

Um homem sem sonhos,

É um homem morto;

Muitos não enxergam,

Mas eles estão entre nós;

 

Reprimindo nossos sonhos,

Reprimindo nossas mentes,

Reprimindo nossa ousadia,

Dizendo que é rebeldia.

 

Um homem sem imaginação,

É um homem morto;

Um homem sem sonhos,

É um homem morto;

Os “mortos” não enxergam,

Mas estão entre nós,

Passeiam em zigue-zague,

Nos olhando. Nos encarando.

Nos chamando de loucos!!

Simples cartas

 Lembro-me como se fosse hoje, era setembro e a rua das Andorinhas estava forrada de Ipês, flores agora murchas, formavam um colorido tapete, aquela rua que ora estava tão linda e vislumbrante, já não chamava mais atenção, não mais pela sua beleza, pois agora, deixava no ar uma tristeza inexplicável, talvez não para todos que por ali passavam, mas excepcionalmente para mim, pois aquela época foi a mais triste de minha vida.

Silêncio

Silêncio,

Palavra mais bonita,

Frase mais coerente,

Os sábios a usam sempre,

Quando lhe sobrarem palavras,

Não diga tudo o que sente.

 

Os tolos a desconhece,

Pois esta, é uma palavra rica;

Quando lhe sobrarem palavras,

As guarde em sua mente.

 

Silêncio,

Palavra desconhecida!

Nos trilhos do Amor...

Provindo das profundezas...
Aqui estou Eu...
Escolhida para Amar...
Percorro um trilho, estreito e esguio.
Rendilhado no espírito.
Amor procurado desde os primórdios.
Numa constante corrida contra o tempo.
Procuro-Te nos meus vazios, na dança imaginária da saudade.
Bailado ancestral do devir de trilhos cruzados.
Na beleza com que desenho palavras,
as timbro neste papel com a leveza da minha mão,
Numa pauta escrita ao vento,
Espalha-se rumores de um retorno.

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