Fome a dor do mundo!

Não sou culpado de ter nascido,

menos pedi para nascer.

Sou infância, apenas quero viver,

ser criança, plena liberdade.

Com tempo, hora e comida,

água no simples beber!.

Apenas quero viver,

na verdade, de merecer.

 

Poder ser verdade no meu crescer,

Amor, carinho, sentir.

Todo em realidade sentimento|

Quero ser feliz.

Sem fome, pão para comer,

água para beber.

Teto para habitar, chamada casa no morar.

 

Sou criança, não pedi para nascer,

humanidade em malvadez,

Caminhante!

Caminhante de alma elevada,

inspiração encontrada.

Esta canção cantarolada,

aliviante, caminhante, caminhante.

 

Ruborizando no luar,

estrela adjacente,

é brilhar, amor presente.

Caminhante, caminhante,

Alma coração andante.

 

Principiando sem ferir,

que estranho viver,

o vencedor leva tudo.

O perdedor tudo tem de perder,

perto da água da ribeira.

A linha do comboio empoeirada.

 

Viagem sem partida,

partindo em perder.

O perdedor perde tudo,

FLOR tempo amor!

Flor, tempo sem volta,

essência, perfume.

Algures, emanando o decore,

percorrido em interior.

Florbela, bela-flor.

A poetiza de Deus, tempo e dor.

Florbela Espanca,

hoje em superação.

Digamos divindade,

construindo a poesia em totalidade.

Florbela, de nome dor,

exprimindo palavras em flor.

Florbela, amor, que hoje estejas em paz.

Contigo e Deus criador.

No que nos deixas-te, como legado escritura,

poesia, raiante e pura!

 

Dedicado a Florbela Espanca com amor.

TÚNEIS

 

 

 

-escrevo insolitamente

como um tradutor de pergaminhos

-escrevo feito um sobrevivente

de mares virulentos

-escrevo como um artesão

que modela metáforas e devaneios

-escrevo como se cavasse túneis

em rochas indevassáveis

 

 

 

 

 

 

Espírito de mel.

Espírito sobreviver,

estar para continuar.

Minha bela abelha,

o mel há flor vais buscar,

no mais profundo do teu trabalhar.

Que belo encanto,

o teu divino voar.

Espírito de mel,

todo esse teu adoçar.

Deus, amor, puro criar.

Abelha natural,

natureza o teu estar!

Espírito de mel,

o teu eterno criar!

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