os fundamentos da alma

a gaiola chora de ciúmes quando o jardim se estende pela manhã primaveril (o hábito previne a solidão e a maldita ternura alavancada pelo tédio...); tenho receio de premir a tecla do bom senso para contradizer os hábitos assombrados porque a gaiola tagarela sem parar refreando a minha impulsividade.

OS FUNDAMENTOS DA ALMA

é a reminiscência dum olhar vesgo que despeja fulgurância na poesia; é o alento emitindo palavras incisivas; é a firmeza do pensamento calcetando o piso duríssimo da mocidade quando obrigo os dizeres a contornarem os lugares-comuns onde havia sentinelas a enaltecer a roupagem patriótica ou o carpir miudinho da populaça a regar as flores do capital.

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